quinta-feira, 1 de julho de 2010
Respeitando a diversidade na Umbanda
Falar sobre Umbanda sempre foi uma tarefa complexa, principalmente para um editor.
Isso porque nosso público é muito heterogêneo.
Nosso movimento é, essencialmente, abrangente e inclusivista.
Nele, encontramos adeptos e freqüentadores das mais diferentes classes sociais, com diversos níveis de cultura e graus de compreensão dos assuntos espirituais.
Portanto, ao realizar esta tarefa, precisamos nos comunicar com o maior número de pessoas possível, sabendo respeitar as diferenças, mas, sem perdermos nossa proposta e identidade própria... Nosso perfil editorial.
A Umbanda, enquanto doutrina, não possui um codificador.
Ela é uma doutrina com base espírita, sim, apesar de não fazer parte da doutrina kardequiana.
Mas, até mesmo os fundamentos do Espiritismo transcendem a codificação de Kardec!!!
Tanto uma quanto a outra se fundamenta em princípios universais, que podem ser encontrados
em diversas religiões, nas mais diferentes épocas e culturas da humanidade.
São princípios hindus, egípcios, cristãos, taoístas, budistas, judaicos, africanos, islâmicos, indígenas...
Claro que cada doutrina religiosa possui seus conceitos próprios, exclusivos, esotéricos... Mas, tudo isso faz parte da busca pelo conhecimento Uno, da Verdade, cujas diversas religiões, artes, filosofias e ciências refletem de forma fragmentada.
Conhecer o Todo é importante, mas conhecer a doutrina com que mais nos identificamos é fundamental.
Considerada, oficialmente, a partir da manifestação do Caboclo das 7 Encruzilhadas em seu médium Zélio Fernandino de Moraes.
Claro que já existiam manifestações de índios e pretos velhos antes do dia 15 de novembro de 1908, mas, este é o marco oficial para nosso movimento.
A Umbanda, por ser uma religião praticada no Brasil (Ocidente), recebe uma maior influência cultural do Cristianismo e da doutrina espírita, codificada por Kardec.
Mas, ela também possui suas próprias características.
Apesar das adaptações religiosas e culturais, o que é natural, a Umbanda é mais do que, simplesmente, popular ou esotérica; é mais do que cristã ou hindu.
É a experiência de cada um diante da realidade da vida.
Nosso mestre supremo: A verdade.
Nossa força: A caridade.
Nosso templo: A vida.
Nossos codificadores: A razão e a intuição
Nossa conquista: A evolução.
Nossa meta: A paz universal.
Nossa intenção, com esta edição, não é impor conceitos desta ou daquela Escola umbandista, mas, apresentá-los, respeitando as diversidades de opinião.
Victor Rebelo, editor-chefe
Texto copiado da revista Caminho Espiritual
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