terça-feira, 30 de março de 2010

Tradições pagãs na Páscoa


Na Páscoa, é comum a prática de pintar-se ovos cozidos, decorando-os com desenhos e formas abstratas. Em grande parte dos países ainda é um costume comum, embora que em outros, os ovos tenham sido substítuidos por ovos de chocolate. No entanto, o costume não é citado na Bíblia. Antes, este costume é uma alusão a antigos rituais pagãos. Eostre ou Ostera é a deusa da fertilidade e do renascimento na mitologia anglo-saxã, na mitologia nórdica e mitologia germânica. A primavera, lebres e ovos pintados com runas eram os símbolos da fertilidade e renovação a ela associados. A lebre (e NÃO um coelho) era seu símbolo. Suas sacerdotisas eram ditas capazes de prever o futuro observando as entranhas de uma lebre sacrificada (claro que a versão “coelhinho da páscoa, que trazes pra mim?” é bem mais comercialmente interessante do que “Lebre de Eostre, o que suas entranhas trazem de sorte para mim?”, que é a versão original desta rima. A lebre de Eostre pode ser vista na Lua cheia e, portanto, era naturalmente associada à Lua e às deusas lunares da fertilidade. De seus cultos pagãos originou-se a Páscoa (Easter, em inglês e Ostern em alemão), que foi absorvida e misturada pelas comemorações judaico-cristãs. Os antigos povos nórdicos comemoravam o festival de Eostre no dia 30 de Março. Eostre ou Ostera (no alemão mais antigo) significa “a Deusa da Aurora” (ou novamente, o planeta Vênus). É uma Deusa anglo-saxã, teutônica, da Primavera, da Ressurreição e do Renascimento. Ela deu nome ao Sabbat Pagão, que celebra o renascimento chamado de Ostara

Pascoa e Semana Santa


A Festa da Páscoa (tanto hebraica quanto cristã): Festejada justamente no momento do início do Ano Zodiacal, quando o planeta Terra recebe os poderosos eflúvios da Constelação de Áries, o Cordeiro de Deus.

Segundo a enciclopédia livre Wikipedia, a Páscoa (do hebraico Pessach, significando passagem) é um evento religioso cristão, normalmente considerado pelas igrejas ligadas a esta corrente religiosa como a maior e a mais importante festa da cristandade.

Na Páscoa os cristãos celebram a Ressurreição de Jesus Cristo (Vitória sobre a morte) depois da sua morte por crucificação (ver Sexta-Feira Santa) que terá ocorrido nesta altura do ano em 30 ou 33 d.C. O termo pode referir-se também ao período do ano canônico que dura cerca de dois meses a partir desta data até ao Pentecostes.

A Páscoa e o Pessach são eventos diferentes que não devem ser confundidos. Assumir o nome de Páscoa, que seria a tradução original de Pessach, para os eventos da Páscoa cristã, é algo razoavelmente confuso, que pode ter sido feito intencionalmente com a finalidade de substituir um grande evento da religião judaica por outro grande evento da religião católica.

O que acontece é que a morte de Cristo acontece em 14 de Nissã, dia do início de Pessach. A última ceia de Cristo teria sido um Seder de Pessach.

Esta grande Festa Cósmica possui um grande valor para as culturas Cristãs e para as sociedades secretas do ocidente, baseado nisto, disponibilizamos para nossos leitores alguns textos sobre o Cristo Cósmico e Histórico.

Ostara


O Sabbat do Equinócio da Primavera, também conhecido como Sabbat do Equinócio Vernal, Festival das árvores, Alban Eilir, Ostara e Rito de Eostre, é o rito de fertilidade que celebra o nascimento da Primavera e o redespertar da vida na Terra. Nesse dia sagrado, os Bruxos acendem fogueiras novas ao nascer do sol, se rejubilam, tocam sinos e decoram ovos cozidos - um antigo costume pagão associado à Deusa da Fertilidade.

Os ovos, que obviamente são símbolos da fertilidade e da reprodução, eram usados nos antigos ritos da fertilidade. Pintados com vários símbolos mágicos, eram lançados ao fogo ou enterrados como oferendas à Deusa. Em certas partes do mundo pintavam-se os ovos do Equinócio da Primavera de amarelo ou dourado (cores solares sagradas), utilizando-os em rituais para honrar o Deus Sol.

Os aspectos da Deusa invocados nesse Sabbat são Eostre (a deusa saxônica da fertilidade) e Ostara (a deusa alemã da fertilidade). Em algumas tradições wiccanas, as deidades da fertilidade adoradas nesse dia são a Deusa das Plantas e o Senhor das Matas.

Como a maioria dos antigos festivais pagãos, o Equinócio da Primavera foi cristianizado pela Igreja na Páscoa, que celebra a ressurreição de Jesus Cristo. A Páscoa (em inglês "Easter", nome derivado da deidade saxônica da fertilidade, Eostre) só recebeu oficialmente esse nome da Deusa após o fim da Idade Média.

Até hoje, o Domingo de Páscoa é determinado pelo antigo sistema do calendário lunar, que estabelece o dia santo no primeiro domingo após a primeira lua cheia, no ou após o Equinócio da Primavera. (Formalmente isso marca a fase da "gravidez" da Deusa Tríplice, atravessando a estação fértil.) A Páscoa, como quase todas as festividades religiosas cristãs, é enriquecida com inúmeras características, costumes e tradições pagãos, como os ovos de Páscoa e o coelho. Os ovos, como mencionado, eram símbolos antigos de fertilidade oferecidos à deusa dos Pagãos. A lebre era um símbolo de renascimento e ressurreição, sendo animal sagrado para várias deusas lunares, tanto na cultura oriental como na ocidental, incluindo a deusa Ostara, cujo animal era o coelho.

Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat do Equinócio da Primavera são os ovos cozidos, os bolos de mel, as primeiras frutas da estação em ponche de leite. Na Suécia, os "waffles" eram o prato tradicional da época.

Incensos: violeta africana, jasmim, rosa sálvia e morango.
Cores das velas: dourada, verde, amarela.
Pedras preciosas sagradas: ametista, água-marinha, hematita, jaspe vermelho.
Ervas ritualísticas tradicionais: bolota, quelidônia, cinco-folhas, crocus, narciso, corniso, lírio-da-páscoa, madressilva, íris, jasmim, rosa, morango, atanásia e violetas.


Ritual do Sabbat Ostara

Comece marcando um círculo de 3m de diâmetro, usando giz ou tinta branca. Monte um altar no centro do círculo, voltado para o norte. Coloque uma vela da cor apropriada do Sabbat no centro do altar. à direita (leste), coloque um incensório com o incenso apropriado do Sabbat ou um turíbulo contendo pedaços de carvão aquecidos, sobre o qual a sálvia será queimada. à esquerda (oeste) da vela, coloque uma tigela com ovos cozidos decorados com runas, desenhos de fertilidade e outros símbolos mágicos.

Diante da vela (sul), coloque um punhal e uma espada cerimonial consagrados. Após salpicar um pouco de sal sobre o círculo para purificá-lo, pegue a espada cerimonial e trace o círculo em movimento destrógiro, começando no leste. Enquanto traça, diga: ABENçOADO SEJA ESTE CíRCULO DO SABBAT SOB O NOME DIVINO DE OSTARA, ANTIGA DEUSA DA FERTILIDADE E DA PRIMAVERA. SOB SEU SAGRADO NOME E SOB A SUA PROTEçãO ESTE RITUAL DE SABBAT AGORA SE INICIA.

Coloque a espada de volta no altar e, então, acenda a vela e o incenso. Pegue o punhal com a mão direita e ajoelhe-se diante do altar com a lâmina sobre o coração, dizendo: ABENçOADA SEJA A DEUSA DA FERTILIDADE, ABENçOADO SEJA O SEU RITUAL DA éPOCA DA PRIMAVERA. ABENçOADO SEJA O REI-DEUS SOL, ABENçOADA SEJA A SUA LUZ SAGRADA.

Coloque a lâmina da espada sobre a região do Terceiro Olho em sua testa e diga: O SOL CRUZOU O EQUADOR CELESTE, TRAZENDO O SOL E A LUA COM A MESMA DURAçãO DE HORAS. FINALMENTE A DEUSA DA PRIMAVERA RENASCEU, A SUA BELEZA Dá VIDA àS áRVORES E àS FLORES. ABENçOADA SEJA A DIVINA DEUSA DAS MATAS. ELA é A CRIADORA DE TODAS AS COISAS VIVAS. ABENçOADO SEJA O SENHOR DAS MATAS. EU CANTO ESTA CANçãO PARA A DEUSA E PARA O DEUS. DESPERTEM, DESPERTEM TODOS E OUçAM A VOZ DO CHAMADO DA DEUSA. ABENçOADA SEJA A NOSSA MãE TERRA, QUE ELA SEJA PREENCHIDA COM PAZ, MAGIA E AMOR. A DEUSA RESPIRA A VIDA. A DEUSA Dá A VIDA. A DEUSA é A VIDA. ELA REINA SUPREMA. ASSIM SEJA!

Encerre o ritual apagando a vela e desfazendo o círculo com a espada cerimonial em movimento levógiro. Os ovos podem ser comidos como parte do banquete do Sabbat do Equinócio da Primavera, e jogam-se conchas numa fogueira ao ar livre ou enterram-nas no chão como oferenda à Mãe Terra.

Fonte: 'Wicca - A Feitiçaria Moderna', de Gerina Dunwich

Simbolismo do ovo de páscoa


Na antigüidade os egípcios e persas costumavam tingir ovos com cores da primavera e presentear os amigos. Para os povos antigos o ovo simbolizava o nascimento. Por isso, os persas acreditavam que a Terra nascera de um ovo gigante.

Os cristãos primitivos do oriente foram os primeiros a dar ovos coloridos na Páscoa simbolizando a ressurreição, o nascimento para uma nova vida. Nos países da Europa costumava-se escrever mensagens e datas nos ovos e doá-los aos amigos. Em outros, como na Alemanha, o costume era presentear as crianças. Na Armênia decoravam ovos ocos com figuras de Jesus, Nossa Senhora e outras figuras religiosas.

Os ovos não eram comestíveis, como se conhece hoje. Era mais um presente original simbolizando a ressurreição como início de uma vida nova. A própria natureza, nestes países, renascia florida e verdejante após um rigoroso inverno.

Em alguns lugares as crianças montam seus próprios ninhos e acreditam que o coelhinho da Páscoa coloca seus ovinhos. Em outros, as crianças procuram os ovinhos escondidos pela casa, como acontece nos Estados Unidos.

Antigamente, me lembro, há mais de 20 anos, o costume era enfeitar e pintar ovos de galinha, sem gema e clara, e recheá-los com amendoim revestido com açúcar e chocolate. Os ovos de Páscoa, como conhecemos hoje (de chocolate), era produto caro e pouco abundante.

De qualquer forma o ovo em si simboliza a vida imanente, oculta, misteriosa que está por desabrochar.


Os ovos de chocolate ou ovos de Páscoa são uma tradição milenar relacionada ao cristianismo. Costumava-se pintar um ovo oco de galinha de cores bem alegres, pois a Páscoa é uma data festiva que comemora a ressurreição de Jesus Cristo, sendo o ovo um símbolo de nascimento. Outros povos como os gregos e os egípcios também coloriam ovos de galinha oco, porém em datas diferentes.

O ovo é símbolo bastante antigo, anterior ao Cristianismo, que representa a fertilidade e a renascimento da vida. Muitos séculos antes do nascimento de Cristo, a troca de ovos no Equinócio da Primavera (21 de Março) era um costume que celebrava o fim do Inverno e o início de uma estação marcada pelo florescimento da natureza. Para obterem uma boa colheita, os agricultores enterravam ovos nas terras de cultivo.

Quando a Páscoa cristã começou a ser celebrada, a cultura pagã de festejo da Primavera foi integrada na Semana Santa. Os cristãos passaram a ver no ovo um símbolo da ressurreição de Cristo.

Colorir e decorar ovos é um costume também bastante antigo, praticado no Oriente. Nos países da Europa de Leste, os ortodoxos tornaram-se grandes especialistas em transformar ovos em obras de arte. Da Rússia à Grécia, os ortodoxos costumam pintar os ovos de vermelho. Já na Alemanha, a cor dominante é o verde. A tradição é tão forte que a Quinta-feira Santa é conhecida por Quinta-feira Verde. Na Bulgária, em vez de se esconder os ovos, luta-se com eles na mão. Há verdadeiras batalhas campais. Toda a gente tem de carregar um ovo e quem conseguir a proeza de o manter intacto até ao fim será o mais bem sucedido da família até à próxima Páscoa.

Das tradições da Europa Oriental, o hábito passou aos demais países. Eduardo I de Inglaterra oferecia ovos banhados em ouro aos súditos preferidos. Luís XIV de França os mandava, pintados e decorados, como presentes. Isso iniciou a moda de fazê-los artificiais, de madeira, porcelana e metal, contendo alegras surpresas aos presenteados. Seu sucessor Luís XV presenteou sua amante 33 anos mais jovem, Madame du Barry, com um enorme ovo, o qual continha em estátua de Cupido. Essas tradições inspiraram também Peter Carl Fabergé na criação dos famosos e valiosos Ovos Fabergé..[1]

Os ovos de chocolate viram dos Pâtissiers franceses que recheavam ovos de galinha, depois de esvaziados de clara e gema, com chocolate e os pintavam por fora. Os pais costumavam esconder ovos nos jardins para que as crianças os encontrassem na época da Páscoa. Com melhores tecnologias, a partir do final do século XIX, se difundiram os ovos totalmente feitos de chocolate, utilizados até hoje.

Ostara

Muito antes de ser considerada a festa da ressurreição de Cristo, a Páscoa anunciava o fim do inverno e a chegada da primavera.

A Páscoa sempre representou a passagem de um tempo de trevas para outro de luzes, isto muito antes de ser considerada uma das principais festas da cristandade. A palavra "páscoa" – do hebreu "peschad", em grego "paskha" e latim "pache" – significa "passagem", uma transição anunciada pelo equinócio de primavera (ou vernal), que no hemisfério norte ocorre a 20 ou 21 de março e, no sul, em 22 ou 23 de setembro.

De fato, para entender o significado da Páscoa cristã, é necessário voltar para a Idade Média e lembrar dos antigos povos pagãos europeus que, nesta época do ano, homenageavam Ostera, ou Esther – em inglês, Easter quer dizer Páscoa.

Ostera (ou Ostara) é a Deusa da Primavera, que segura um ovo em sua mão e observa um coelho, símbolo da fertilidade, pulando alegremente em redor de seus pés nus. A deusa e o ovo que carrega são símbolos da chegada de uma nova vida. Ostara equivale, na mitologia grega, a Persephone. Na mitologia romana, é Ceres.

Os pássaros estão cantando, as árvores estão brotando. Surge o delicado amarelo do Sol e o encantador verde das matas.

A celebração de Ostara, comemora a fertilidade, um tradicional e antigo festival pagão que celebra o evento sazonal equivalente ao Equinócio da primavera.

Algumas das tradições e rituais que envolve Ostara, inclui fogos de artifícios, ovos, flores e coelho.

Ostara representa o renascimento da terra, muitos de seus rituais e símbolos estão relacionados à fertilidade. Ela é o equilíbrio quando a fertilidade chega depois do inverno. É o período que a luz do dia e da noite têm a mesma duração. Ostara é o espelho da beleza da natureza, a renovação do espírito e da mente. Seu rosto muda a cada toque suave do vento. Gosta de observar os animais recém-nascidos saindo detrás das árvores distantes, deixando seu espírito se renovar.

Ostara foi cristianizada como a maior parte dos antigos deuses pagãos.

Os símbolos tradicionais da Páscoa vêm de Ostara. Os ovos, símbolo da fertilidade, eram pintados com símbolos mágicos ou de ouro, eram enterrados ou lançados ao fogo como oferta aos deuses. É o Ovo Cósmico da vida, a fertilidade da Mãe Terra.

Ostara gosta de verde e amarelo, cores da natureza e do sol.

O Domingo de Páscoa é determinado pelo antigo sistema de calendário lunar, que coloca o feriado no primeiro Domingo após a primeira lua cheia ou seguindo o equinócio.

A Páscoa foi nomeada pelo deus Saxão da fertilidade Eostre, que acompanha o festival de Ostara como um coelho, por esta razão, o símbolo do coelho de páscoa na tradição cristã. O coelho é também um símbolo de fertilidade e da fortuna.

A Páscoa foi adaptada e renomeada pelos cristãos, do feriado pagão Festival de Ostara, da maneira que melhor lhe convinha na época assim como a tradição dos símbolos do Ovo e do Coelho.

A data cristã foi fixada durante o Concílio de Nicéa, em 325 d.C., como sendo "o primeiro Domingo após a primeira Lua Cheia que ocorre após ou no equinócio da primavera boreal, adotado como sendo 21 de março.

A festa da Páscoa passou a ser uma festa cristã após a última ceia de Jesus com os apóstolos, na Quinta-feira santa. Os fiéis cristãos celebram a ressurreição de Cristo e sua elevação ao céu. As imagens deste momento são a morte de Jesus na cruz e a sua aparição. A celebração sempre começa na Quarta-feira de cinzas e termina no Domingo de Páscoa: é a chamada semana santa.

A Deusa Eostre


Eostre ou Ostera é a deusa da fertilidade e do renascimento na mitologia anglo-saxã, na mitologia nórdica e mitologia germânica. A primavera, lebres e ovos coloridos eram os símbolos da fertilidade e renovação a ela associados.

De seus cultos pagãos originou-se a Páscoa (Easter, em inglês e Ostern em alemão), que foi absorvida e misturada pelas comemorações judaico-cristãs. Os antigos povos nórdicos comemoravam o festival de Eostre no dia 30 de Março. Eostre ou Ostera (no alemão mais antigo) significa “a Deusa da Aurora”. É uma Deusa anglo-saxã, teutônica, da Primavera, da Ressurreição e do Renascimento. Ela deu nome ao Sabbat Pagão, que celebra o renascimento chamado de Ostara.

Posteriormente, a igreja católica acabou por a Páscoa às festividades pagãs de Ostara e absorveu muitos de seus costumes, inclusive os ovos e coelhinho da Páscoa. Podemos perceber isso pelo próprio nome da Páscoa em inglês,Easter, muito semelhante a Eostre.

O nome Eostre ou Ostara, como também a Deusa é chamada, tem origem anglo-saxã provinda do advérbio ostar que expressa algo como “Sol nascente” ou “Sol que se eleva”, Muitos lugares na Alemanha foram consagrados a ela, como Austerkopp (um rio em Waldeck), Osterstube (uma caverna) e Astenburg.

Eostre estava relacionada à aurora e posteriormente associada à luz crescente da Primavera, momento em que trazia alegria e bênçãos a Terra.

Por ser uma Deusa um tanto obscura, muito do que se sabia sobre ela foi se perdido através dos tempos, e descrições, mitos e informaçõe sobre ela são escassos.

Seu nome e funções têm relação com a Deusa grega Eos, Deusa do Amanhecer na mitologia grega. Alguns historiadores dizem que ela é meramente uma das várias formas de Frigg *deusa indo-européia – esposa de Odin), ou que seu nome seria um epíteto para representar Frigg em seu aspecto jovem e primaveril. Outros pesquisadores a associam à Astarte (Deusa Fenícia) e Ishtar (deusa Babilônica), devido às similaridades em seus respectivos festivais da Primavera.

Dizem as lendas que Eostre tinha uma especial afeição por crianças. Onde quer que ela fosse, elas a seguiam e a Deusa adorava cantar e entretê-las com sua magia.

Um dia, Eostre estava sentada em um jardim com suas tão amadas crianças, quando um amável pássaro voou sobre elas e pousou na mão da Deusa. Ao dizer algumas palavras mágicas, o pássaro se transformou no animal favorito de Eostre, uma lebre. Isto maravilhou as crianças. Com o passar dos meses, elas repararam que a lebre não estava feliz com a transformação, porque não mais podia cantar nem voar.

As crianças pediram a Eostre que revertesse o encantamento. Ela tentou de todas as formas, mas não conseguiu desfazer o encanto. A magia já estava feita e nada poderia revertê-la. Eostre decidiu esperar até que o inverno passasse, pois nesta época seu poder diminuía. Quem sabe quando a Primavera retornasse e ela fosse de novo restituída de seus poderes plenamente pudesse ao menos dar alguns momentos de alegria à lebre, transformando-a novamente em pássaro, nem que fosse por alguns momentos.

A lebre assim permaneceu até que então a Primavera chegou. Nessa época os poderes de Eostre estavam em seu apogeu e ela pôde transformar a lebre em um pássaro novamente, durante algum tempo. Agradecido, o pássaro botou ovos em homenagem a Eostre. Em celebração à sua liberdade e às crianças, que tinham pedido a Eostre que lhe concedesse sua forma original, o pássaro, transformado em lebre novamente, pintou os ovos e os distribuiu pelo mundo.

Para lembrar às pessoas de seu ato tolo de interferir no livre-arbítrio de alguém, Eostre entalhou a figura de uma lebre na lua que pode ser vista até hoje por nós.

Eostre assumiu vários nomes diferentes como Eostra, Eostrae, Eastre, Estre e Austra. É considerada a Deusa da Fertilidade plena e da luz crescente da Primavera.

Seus símbolos são a lebre ou o coelho e os ovos, todos representando a fertilidade e o início de uma nova vida.

A lebre é muito conhecida por seu poder gerador e o ovo sempre esteve associado ao começo da vida. Não são poucos os mitos que nos falam do ovo primordial, que teria sido chocado pela luz do Sol, dando assim vida a tudo o que existe.

Eostre também é uma Deusa da Pureza, da Juventude e da Beleza. Era comum na época da Primavera recolher o orvalho para banhar-se ritualisticamente. Acreditava-se que orvalho colhido nessa época estava impregnado com as energias de purificação e juventude de Eostre, e por isso tinha a virtude de purificar e rejuvenescer.

domingo, 28 de março de 2010

Bruxaria sem Desculpite


Muita gente deixa de praticar Bruxaria porque não pode ter um comprometimento contínuo, alegando não ter tempo ou disponibilidade de espaço, por exemplo. Outros inclusive falam que não têm dinheiro para comprar livros ou instrumentos. Mas peraí – estamos falando de uma religiosidade pautada na Natureza ou o quê? Veja neste texto como a Bruxaria faz parte da sua vida e como é fácil viver o dia-a-dia como um(a) verdadeiro(a) bruxo(a).

Você descobre que hoje é noite de Lua Cheia mas precisa lavar a roupa. Ou então sábado é dia de sabá, mas você só pensa em ir ao cinema ou descansar no sofá vendo TV. Nós sabemos qual é a realidade. Como podemos, então, adequar nossa vida para que ela corresponda à nossa espiritualidade?

1. Falemos sobre esbás. Os esbás são os rituais onde celebramos as fases da Lua e o foco cultural é em uma divindade feminina – a Deusa. Todo mundo sabe que o ideal é você sempre saber em que fase está. Isso pode ser resolvido de diversas formas. Óbvio que a mais indicada é a observação, porque é a maneira de se sentir mais próximo(a) e tal. Mas não custa dar uma reforçadinha para os momentos de dúvida. Assim, anote em sua agenda todas as próximas fases da Lua. Se não souber onde encontrar, sempre atualizamos ali do lado direito do site. O que é importante nos esbás é você entender o que está acontecendo naquele dia e ver o que pode ser feito dentro das suas condições atuais. Por exemplo: o que significa uma Lua Cheia em Áries? ou uma Lua Minguante em Escorpião? Reflita sobre esses aspectos e tenha ideias. Na dúvida, siga este guia simples:

Lua Nova – meditação e planejamento;
Lua Crescente – rituais que promovam o início ou a atração de algo;
Lua Cheia – força total em qualquer campo;
Lua Minguante – rituais para agilizar o término de algo ou banimento de qualquer coisa;
Lua Negra – revisão do que foi feito, leitura de oráculos;

Faça nesses dias o que achar melhor. Se quiser – e puder – fazer um ritual com velas, círculo, enfim, tudo o que tem direito, faça! Mas, se não puder, um incensozinho, uma meditação simples, um jantar especial – tudo isso também serve. O importante é manter a intenção em foco. Mas não deixe passar em branco. Um esbá ocorre uma vez por semana. Nem que seja durante seu banho, dá pra fazer alguma coisa assim. Também não dá para ser bruxo(a) sem o mínimo de boa vontade, que fique claro.

2. Sobre os sabás. Existem diversas datas de celebrações no decorrer do ano, dependendo da tradição que você segue. Na Wicca, são oito. Alguns bruxos e bruxas preferem celebrar só as quatro estações, ou só os quatro festivais celtas. Tomarei como base a Roda do Ano wiccan, que tem, portanto, oito festivais. Pense bem: oito festivais por ano. Pensando assim, até parece pouco. Mas, no dia-a-dia, lembrar que domingo é Lammas e você não tem ideia de como celebrar ou então você precisa levar sua mãe no supermercado é o que acontece com a maioria dos pagãos. Aqui fica o mesmo conceito dos esbás: não deixe passar em branco. O bom dos sabás é que, ao contrário dos esbás, eles são focados nos grupos, na comunidade, na coisa da partilha. Então, se em um esbá é legal você meditar sozinho(a), ter aquele momento seu, no sabá é justamente a hora de juntar o pessoal e celebrar de forma gostosa. Nem todo mundo gosta de ir em ritual público celebrar. Tampouco pode celebrar em covens. Se você prefere celebrar sozinho, tudo bem. Mas, se quiser celebrar coletivamente, não precisa sair convertendo seus amigos não-pagãos, ou mesmo sua família – basta ser criativo(a)!

Você pode começar o dia do sabá com uma meditação simples a respeito dele. Uma coisa boa a se fazer é: sempre que um sabá estiver se aproximando, progressivamente vá lendo coisas a respeito. Essa é uma forma eficiente de entrar no clima. Com relação às estações, faça uma listinha de rituais que gostaria de fazer em cada época. Por exemplo: estudar sobre o tarô durante o outono, meditar em algum parque na primavera, essas coisas. Mas voltando ao dia do sabá – depois da meditação, faça coisas relacionadas. O sabá cai em uma terça-feira? Prepare um jantar especial com base no que está acontecendo! Comidas relativas àquele sabá, música, decoração. Se você é festeiro, chame alguns amigos e não fique falando sobre Paganismo, mas promova um encontro alegre. Secretamente, brinde aos deuses. Acenda sua velinha ali num canto. Faça tudo com aquele ar de “resistência pagã” aos novos tempos, rs. Lembre-se do que significa aquele momento na Roda do Ano. Tenha isso em foco. E divirta-se.

Resumindo, para cada sabá:

meditação;
leitura a respeito;
praticar alguns costumes (feitiços, simpatias, velas, trabalhos artísticos, oráculos);
preparar uma receita típica;
se divertir!

3. Você não precisa fazer um feitiço por dia para ser um(a) bruxo(a) que se preze! Não! Mas há pequenos rituais do dia-a-dia que são super benvindos e você pode incorporar facilmente. Basta ir fazendo até se tornar um hábito. Quando você acorda, por exemplo, abra a janela e cumprimente o Sol. Talvez você queira usar um pentagrama no pescoço – talvez não esteja afim. Guarde-o na bolsa ou na mochila. Tenha-o com você. No caminho para o trabalho, leia um capítulo de algum livro pagão. Inspire-se. Preste atenção no tempo. Enquanto estiver trabalhando, preste atenção no seu corpo. Respire, inspire, transpire, relaxe, concentre-se e centre-se. Beba água. Veja em sua agenda em que fase a Lua está. Pense nos assuntos em pauta na sua vida naquele momento – o que poderia ser abordado no próximo esbá? Durante o almoço, coma com tranquilidade. Agradeça à Natureza pela sua refeição. Não se entupa de falsos estimulantes, como açúcar refinado, comprimidos, cigarros e álcool. Escolha fazer um chá a tomar uma aspirina. São essas pequenas escolhas. Sempre prefira o natural. Seu corpo agradece, e a Natureza também. Está com dor de estõmago e não sabe que chá fazer à noite? Faça uma pesquisa básica sobre plantas e resolva o problema. Anote em seu Livro das Sombras a descoberta. Na volta do trabalho, cansado(a), ouça música pagã com fones de ouvido. Existem artistas fantásticos para todos os gostos, de Lorenna McKennitt a Marduk. Tome um banho relaxante. Acenda velas e um incenso. Faça uma comidinha gostosa para jantar. Cozinhar é uma Arte também. Ouça música enquanto cozinha, ou mesmo cante – transfira boas energias para o alimento. Medite antes de dormir – reflita sobre todos os aspectos do seu dia. Talvez você queira reler aquele capítulo das Brumas de Avalon quando a Igraine conhece o Uther. Ou então aquele quando o Harry chega em Hogwarts. Ou talvez você queira simplesmente ficar zapeando os canais em busca de algum documentário sobre os maias. Cada dia é uma pequena Roda do Ano completa… lá vamos nós dormir e depois acordar para a nova alvorada. Procure dormir bem. Talvez você queira escrever antes de dormir, ou anotar seus sonhos pela manhã. E já começa tudo novamente…

Viver como bruxo(a) não é ter uma vida glamourosa envolvendo varinhas, estrelinhas voando e vidros de poções por toda a casa. Existe um ideal de Bruxaria que muitas vezes bloqueia a pessoa e ela acaba não fazendo nada porque está longe do que ela acha que é certo dentro do Paganismo. Você deve ter percebido através deste texto que as coisas são mais fáceis do que parecem – basta incorporar o hábito. E também deve ter percebido que não importa se sua família é ou não pagã – nada do que foi falado aqui impôe uma religiosidade a outras pessoas – são atos básicos de convivência com um simbolismo que só diz respeito a você.

Espero que este artigo tenha inspirado você a fazer coisas boas no seu dia-a-dia. Se você se considera pagão, por que não vive como tal? Sem desculpite!

A vida e Magia e encantamento


"É preciso preservar a beleza dos nossos corações. Saber olhar com pureza de alma. Respirar como se nascêssemos a cada instante. Agir na calma e na serenidade. Cultivar uma flor, mergulhar em águas limpas. Ouvir uma melodia, agradecer a vida não deixar que o encanto se dissolva diante do mundo.
Surfar nas ondas do infinito. Até que a eternidade e o amor nos involva. Nos faça vibrar e sentir cada momento. "

sexta-feira, 26 de março de 2010

As quatro estações em nossa vida!


Um homem tinha quatro filhos.
Ele queria que seus filhos aprendessem a não ter pressa quando fizessem seus julgamentos.
Por isso, convidou cada um deles para fazer uma viagem e observar uma pereira plantada num local distante.

O primeiro filho chegou lá no INVERNO,
o segundo na PRIMAVERA,
o terceiro, no VERÃO
e o quarto, o caçula, no OUTONO.

Quando eles retornaram, o pai os reuniu e pediu que contassem o que tinham visto.

O primeiro chegou lá no INVERNO.
Disse que a árvore era feia e acrescentou:
“- Além de feia, ela é seca e retorcida!”

O segundo chegou lá na PRIMAVERA.
Disse que aquilo não era verdade.
Contou que encontrou uma árvore cheia de botões, e carregada de promessas.

O terceiro chegou no VERÃO.
graciosa que ele jamais tinha visto.

O último filho chegou no OUTONO.
Ele disse que a árvore estava carregada e arqueada cheia de frutas, vida e promessas…

O pai então explicou a seus filhos que todos eles estavam certos, porque eles haviam visto apenas
uma estação da vida da árvore…

Ele disse que não se pode julgar uma árvore, ou uma pessoa, por apenas uma estação.

A essência do que se é, (como o prazer, a alegria e o amor que vem da vida) só pode ser constatada no final de tudo, exatamente como no momento em que todas as estações do ano se completam!

Se alguém desistir no INVERNO, perderá as promessas da PRIMAVERA, a beleza do VERÃO e a expectativa do OUTONO.

Não permita que a dor de uma estação destrua a alegria de todas as outras.
Não julgue a vida apenas por uma estação difícil.
Persevere através dos caminhos difíceis e melhores tempos certamente virão, de uma hora para a outra!!!

A Natureza Trina da Mulher


A natureza da mulher é cíclica e bem separada de seus desejos pessoais e ela experimenta a vida através desta natureza sempre mutável. As mudanças mais marcantes de seu comportamento acontecem em relação aos seus sentimentos. Tudo pode estar auspicioso e alegre em certo momento, mas passado pouco tempo poderá estar melancólico e deprimente. Desta forma, sua percepção subjetiva da vida é projetada para o mundo exterior e a mulher pode sentir a mudança cíclica como uma qualidade da própria vida.

No curso de um ciclo completo, que corresponde à revolução lunar, a energia da mulher cresce, brilha esplendorosa e volta a minguar totalmente. Essas mudanças afetam-na tanto na vida física como sexualmente e também psiquicamente. Na mulher, a vida tem fluxo e refluxo que é dependente de seu ritmo interno. O ir e vir da energia, quando perfeitamente compreendido pela mulher, pode presenteá-la com uma oportunidade de trabalho ou uma aventura espiritual, a qual ela espera há muito tempo. Se a Lua lhe for favorável, ela poderá ter uma vida mais livre e cheia de oportunidades, mas se a Lua estiver desfavorável, pode perder sua chance, sendo incapaz de recuperá-la. Não é de admirar que nossos ancestrais chamassem a Lua de "Deusa do Destino", pois realmente é fato que ela influência no destino da mulher, assim como dos homens também, embora inconscientemente.

No mundo patriarcal, as mulheres descuidaram-se de seus ritmos para tornarem-se competitivas e o mais próximas possíveis dos homens. Caíram, sem perceber, sob o domínio do masculino interior, perdendo o contato com seu próprio instinto feminino, passando a viver somente através das qualidades masculinos do "animus". Entretanto, negar sua identidade é constituir-se em um ser sem alma. Não é incorporando os valores masculinos ou tentando imitar seu comportamento que terá reconhecido o seu valor. A mulher deve ser reconhecida também, pela sua dimensão feminina e não pela sua dissociação da sua realidade psíquica.

quarta-feira, 24 de março de 2010

No Mundo Da Lua


A Lua, e não o Sol, é o legítimo cronômetro do alvorecer dos tempos".

A Lua sempre foi o marcador de tempo natural das mudanças periódicas que ocorriam em todos os reinos, era ela também que assinalava todas as etapas e padrões do eterno ciclo da vida e da morte. Sua misteriosa luz prateada apontava o momento certo para o plantio, para a colheita, para o acasalamento e para as mudanças climáticas. Os antigos gregos a representavam como um cálice vazio que enchia-se e esvaziava-se lentamente, representando as alterações cíclicas das emoções, reações e necessidades humanas.

O símbolo escolhido para representar a esfera matriarcal é a Lua, em sua correlação com a noite e com a Grande Mãe do céu noturno. A Lua é o astro que ilumina a noite e é o símbolo do princípio feminino, representando potencialidades, estados de alma, valores do inconsciente, humores e emoções, receptividade e fertilidade, mutação e transmutação. E, as fases da Lua, caracterizam os aspectos da natureza feminina, assim como representam os estágios e as transformações na vida da mulher.

O Mundo da Lua, aparece na qualidade de um nascimento ou renascimento. Onde quer que se visualize seu símbolo, sempre estaremos diante de um mistério de transformação matriarcal, mesmo que algumas vezes, mostre-se camuflado no mundo patriarcal.

Os astros luminosos em sua dimensão arquetípica, sempre são símbolos da consciência e do espírito da psique humana. É por isso que sua posição nas religiões e ritos é característica das constelações psíquicas dominantes no grupo que, a partir do seu inconsciente, projetou-os no céu. Para ilustrar, o Sol tem sua correspondência na consciência patriarcal, enquanto a Lua na consciência matriarcal.

O aspecto lunar do matriarcado não se refere ao espírito invisível e imaterial, bandeira defendida pelo patriarcado, mas foi a razão pela qual fez com que a Lua acabasse depreciada, assim como o Feminino a que ela corresponde. Todos seus princípios marginalizados levaram à conceituação abstrata da consciência moderna e, que hoje ameaça a existência da humanidade ocidental, pois a unilateralidade masculina acarreta uma hipertrofia da consciência, às custas da totalidade do homem.

Atualmente, o conhecimento abstraído pela consciência coletiva da humanidade encontra-se nas mãos de representantes masculinos, que nem sequer são capazes de incorporar o princípio solar imaterial e puro.

O Mundo da Lua, está longe de ser, como supunha o mundo patriarcal, somente um nível de matéria inferior, de fugacidade telúrica e escuridão. Nos mistérios do renascimento ocorre a iluminação e a imortalização do homem. Este mesmo homem, que é iniciado pela Grande Mãe, como demonstra os mistérios eleusinos e o seu renascimento acontece como um nascimento luminoso no céu noturno. Ele brilhará como um ponto de luz no manto negro da noite, iluminando o mundo noturno, mas mesmo tornando-se deste modo, imortal, a Mãe não o libera, mas o carrega para perto de si na mandala celeste, pois uma Mãe jamais abandona seu filho.

Meu caminho


“O universo é meu caminho; o amor, a minha lei; a paz, o meu abrigo. A experiência, a minha escola; a dificuldade, o meu estímulo; o obstáculo, a minha lição; a Sabedoria, meu objetivo; a compreensão, minha benção; o equilíbrio, minha atitude; a perfeição, minha meta; a plenitude, meu destino.”

terça-feira, 23 de março de 2010

Virgem Negra


Centenas de ícones de Maria, a mãe de Jesus de Nazaré, possuem as mãos e os rostos negros. Na França, elas são chamadas de "Vierge Noires" e em outros lugares da Europa de "Maddonas Negras". Alguns chamam sua imagem de "a outra Maria"; Carl Jung dizia que eram representações de ísis e sua iconografia remonta ao culto pré-histórico da Mãe Terra. Ela possui analogia com as Deusas Cybele, Diana e Vênus e associações culturais com Kali, Innana e Lilith. Historicamente ela foi introduzida pelos cruzados voltando da Palestina, os conquistadores espanhóis a levaram ao Novo Mundo e seguindo antigas tradições esotéricas, os Templários a chamavam de "Maria Madalena". Como a negra Sara-la-Kali, ela é reverenciada pelos ciganos em todo o mundo, possuindo sua data e lugar sagrado: 24 de maio, Saintes-Maries de la Mer, na região francesa de Camargue. Para os psicólogos modernos, ela expressa o Feminino Sombrio.

Mas independente do que ela possa aparecer, ou do que possam dizer dela, seu culto continua poderoso e exerce uma estranha fascinação em milhões de devotos em todo o planeta. Seus lugares sagrados são centros de energia telúrica, enlaçados com as "Linhas Ley" e a arquitetura sagrada. Desde os tempos remotos até hoje, multidões peregrinam a seus Santuários, mergulhando em seus mistérios e entregando-se a seus miraculosos trabalhos de cura, transformação interior e inspiração. A França possui mais de 300 lugares com Virgens Negras e existem mais de 150 deles no mundo.

O Brasil, com orgulho, exibe a sua Madonna: Nossa Senhora da Aparecida, retirada das águas por pobres pescadores. Sua imagem, reprodução da morena Virgem de Guadalupe do México, que é a manifestação da nativa Tonantzin, atrai milhares de devotos, católicos ou não. Nos meios hermetistas e pagãos (incluindo a Wicca), ela é a imagem da Sábia e Cthônica Anciã (Crone).

Um Antigo Ritual para a Virgem Negra
(Bulgária, século XIII. Fonte: Fraternitas Bogomiliana)

Em uma noite sem Lua (Lua Nova), vista-se com cores negras e cubra a cabeça com um lenço também negro. Prepare um pequeno altar com oferendas de vegetais de casca escura (por exemplo - beterraba, ameixa, beringela, azeitonas pretas, etc...), incenso de aroma forte (benjoim, âmbar ou defumadores de ervas) e uma Vela Verde. Arrume o altar voltado para o Norte, acenda o incenso e a Vela.

Deite-se no chão, com o rosto voltado para a terra, coloque os braços abertos ao lado do corpo e diga: PURIFIQUE-ME SENHORA! PURIFIQUE-ME INTERNAMENTE E EXTERNAMENTE. PURIFIQUE MEU CORPO, ALMA E ESPíRITO! FAçA AS SEMENTES DE LUZ CRESCEREM DENTRO DE MIM E TRANSFORME-ME EM TOCHA FLAMEJANTE DE TEU AMOR. PARA QUE EU, TOMADO POR MINHAS PRóPRIAS CHAMAS, TRANSFORME TUDO EM MIM E AO MEU REDOR EM LUZ!

Imagine a Virgem Negra entronizada no centro da Terra, Senhora do Mundo Subterrâneo e Mãe da Natureza. Sinta o seu poder e sua majestade incomparável.
Levante-se e faça a oração mais uma vez.
Pegue a Vela Verde e caminhe, no sentido dos ponteiros do relógio, nove vezes.
Pare voltado para o Norte e faça a oração novamente.
Agradeça a Virgem Negra e peça a sua proteção.

Deixe o incenso e a Vela consumirem-se totalmente. Use as oferendas vegetais para o consumo próprio, como uma dádiva da Mãe Terra.

O Ritual pode ser realizado fora ou dentro de casa. A Vela Verde (escura) é tradicionalmente usada em ritos para a Virgem Negra desde a Idade Média.

segunda-feira, 22 de março de 2010

BOITATÁ:Deusa,Monstro,lenda,ou fogo fatuo?


Hoje a gente vai falar aqui sobre uma das manifestações mais indefinidas do Folclore Brasileiro: Boitatá.
Embora já existam registros da existência de Boitatá pelo menos desde o século XVI, até hoje não se sabe com 100% de certeza no que os índios pensavam quando falavam sobre essa indefinida presença.
O 1º registro conhecido sobre Boitatá foi feito pelo José de Anchieta, em 1560.
Ele menciona Boitatá como alguma coisa com a aparência de um facho de luz, que vive no litoral e nas margens dos rios. E também que a criatura se atira sobre os índios e mata eles.
Mas no mesmo registro não existem maiores detalhes sobre a criatura e o José de Anchieta não explica se ele viu alguma coisa relacionada ao que registrou ou se ele só ouviu falar sobre o assunto. E reitera que, fosse Boitatá o que fosse, ninguém sabia direito o que era.
A maioria dos historiadores supõem que a “criatura” registrada nesse caso eram simples manifestações de fogo fátuo.

E o fato de matar os índios sem dúvida é um exagero do próprio José de Anchieta ou de quem relatou algum caso a ele.
Bom, por volta do final do século XVII e início do XVIII, os padres católicos começaram a pregar que existiam vários boitatás, que eram espíritos de pessoas que morreram sem ser batizadas como católicas. Ou de pessoas que tiveram relações sexuais condenadas pelo Catolicismo Romano e que, depois da morte, foram transformadas em boitatás como castigo.
No século XIX, sob a influência de lendas européias, de acordo com alguns historiadores, Boitatá passou a ser imaginado como um monstro benéfico: uma serpente de fogo que vive nos rios e mata queimados aqueles que fazem queimadas nas florestas.
Outros historiadores, entretanto, defendem que Boitatá na verdade é uma deusa louvada por algumas tribos indígenas, já sendo vista, antes da chegada dos europeus, como uma divindade que castiga as pessoas que destroem as florestas.
Essa deusa é vista também como uma divindade do fogo que usa o próprio fogo pra castigar as pessoas que usam o fogo de forma negativa. E nesse caso, ela ensina que certas coisas (principalmente se for alguma coisa com poderes destruidores) não podem ser usadas de qualquer forma, mas apenas dentro de determinadas circunstâncias e submetidas a certos limites.
Seja como for, Boitatá permanece até hoje como um dos personagens mais incorpóreos, abstratos e indefinidos da Cultura Brasileira.

Hera


A origem dessa Deusa é incerta. Alguns historiadores dizem que o culto Dela foi levado pra Grécia pelos conquistadores indo-europeus, há mais de 4000 anos, e outros dizem que Ela já era adorada pelos primeiros habitantes da Grécia, há uns 8000 anos.
De qualquer forma, Hera era a Deusa do casamento ali e, consequentemente, também era o símbolo religioso das esposas.
Lá pelo ano 2600 a.C., o culto de Zeus foi levado pra Grécia pelos conquistadores indo-europeus, que fizeram Dele o Deus Supremo, impondo o culto Dele aos povos conquistados. Esses povos, que seguiam tradições que hoje seriam vistas como feministas, adoravam principalmente divindades femininas. E o implante de uma divindade masculina como novo Deus Supremo deles mudou completamente a noção que eles tinham de homem e mulher, passando a criar comportamentos cada vez mais machistas a partir dali.
Bom, como Hera era a Deusa do casamento, Ela pareceu a Deusa ideal pra ser a esposa do novo Deus Supremo. E Ela passou a ser louvada como tal pelos gregos a partir daquela época: em algumas regiões da Grécia, todos os anos, a estátua de Hera, que era feita de madeira de carvalho (árvore consagrada a Zeus), era vestida com roupas de noiva e levada em procissão até o templo de Zeus mais próximo, onde era deixada num leito nupcial, como se Ela tivesse se casando sempre e infinitamente com Ele.
Devido a esse casamento, Hera passou a ser considerada a Rainha dos Deuses Olímpicos. Ou seja, entre todos esses deuses, Ela era vista como a 2ª mais poderosa, inferior apenas a Zeus.
Só que, devido a Hera ser considerada o símbolo religioso das esposas numa sociedade que tinha mergulhado num machismo quase absoluto, a imagem que passou a ser transmitida pra Ela foi a imagem que os maridos tinham das esposas, ou seja, uma criatura chata, que passa o dia inteiro de mau humor e reclamando sem parar.
O caráter vingativo e sádico com que Hera passou a ser imaginada vem muito daí também: quase todos os mitos e lendas populares que mencionam essa Deusa mostram ela perseguindo ou castigando alguém. Mas, quase sempre, é alguém que tomou alguma atitude negativa contra algum casamento. As vítimas principais de Hera são os maridos e esposas adúlteros, seus respectivos amantes e mais os filhos nascidos dessas uniões. E os castigos que Ela manda contra essas pessoas são sempre terríveis.
Existe um mito que menciona Hera enviando um monstro pra assombrar Tebas, já que o Rei de Tebas tinha mantido um relacionamento homossexual com um príncipe da Élida. E essa, de acordo com os mitos, teria sido a estreia da homossexualidade no Mundo: ninguém nunca tinha feito isso antes. Mas o castigo da Deusa contra eles foi só por eles terem inaugurado um novo tipo de relacionamento que não era um casamento, e não por eles serem homossexuais: não existe nenhum outro mito nem lenda popular que mencione Hera castigando outros homossexuais.
Mas até hoje, na maioria dos filmes, seriados e até desenhos animados inspirados na Mitologia Grega, Hera aparece quase sempre como vilã. Só que estudando os mitos gregos originais, a gente vê que não é bem isso.
Ao contrário de Zeus, que era imaginado pelos gregos cometendo sempre uma sucessão sem fim de adultérios, Hera era imaginada sendo sempre 100% fiel ao marido.
Ela também era imaginada como uma das 3 deusas olímpicas mais lindas, comparada em beleza só a Afrodite e Atena.
Também existe a forma Era, sem H, pro nome dessa Deusa. Mas Hera, com H, é bem mais comum de se ver.
Esse nome, de acordo com alguns etimólogos, vem da mesma origem que a palavra ‘herói’. Então, ‘hera’ seria uma espécie de sinônimo de ‘heroína’, o que se justifica pelo fato dessa Deusa enfrentar todos os desafios e destruir todos os inimigos que encontra pra manter a matéria sobre a qual Ela reina, ao mesmo tempo em que defende e protege incondicionalmente todos aqueles que se dedicam a essa matéria: o casamento.
O animal e o vegetal que simbolizam Hera são o pavão e o lírio.

ZEUS


Entre todos os mitos e lendas populares que mencionam Zeus, nenhum diz que Ele é o Criador do Mundo. Pelo contrário: Ele é sempre mencionado nascendo depois que o Mundo já foi criado por outras divindades.
O que os mitos demonstram claramente com isso é que o culto de Zeus chegou à Grécia depois que a civilização já tinha se instalado lá, ou seja, Ele não é uma divindade nativa da Grécia.
Por volta do ano 2600 a.C., a Grécia foi invadida por povos indo-europeus, que foram os primeiros devotos do Deus a chegarem lá. E que impuseram o culto Dele aos povos nativos.
É possível que Zeus seja o mesmo Deus que os vikings cultuavam como o Deus Supremo deles: Odin. Afinal, Zeus e Odin são divindades com as mesmas características e originárias da mesma região do Mundo. Mas é uma coisa que não tem como afirmar com 100% de certeza, pois as informações mais seguras que existem sobre Odin vêm da Idade Média, milênios depois das primeiras informações que existem sobre Zeus.
Mesmo não sendo nunca visto como o Criador do Mundo, Zeus é sempre visto como o Organizador do Mundo: todos os mitos e lendas concordam que foi o Poder Dele que ‘domou’ as forças que antes eram desordenadas e impôs ao Mundo as regras que Ele julga como certas.
Embora Zeus fosse visto basicamente como o Soberano do Céu e da Terra, enquanto Posseidon era visto como o Soberano do Mar e Plutão como o Soberano do Mundo Subterrâneo, essa ideia é bastante contestável: os mitos e lendas mostram claramente que, quando era necessário, Zeus também tomava decisões que atingiam o Mar e o Mundo Subterrâneo, passando por cima da autoridade de Posseidon e Plutão.
Apesar de ser imaginado casado com Hera, a Deusa do casamento, Zeus era imaginado pelos gregos antigos tendo infinitas relações extra conjugais. A ideia é de que Ele tinha que espalhar pelo Mundo, o máximo possível, os filhos Dele, ao mesmo tempo em que Ele não era obrigado a ser maritalmente fiel a Hera. Afinal, se Ele é a Divindade Suprema, Superior a tudo o que existe, a vontade Dele pode passar por cima da fidelidade a Hera, assim como passa por cima da autoridade de Plutão e Posseidon, como já foi dito.
Além disso, muitos desses mitos só fazem sentido se forem interpretados de forma metafórica: a relação sexual entre Zeus e a outra personagem em questão representa, de forma simbólica, a união de alguma força com alguma outra força.
Nem todas as relações extra conjugais de Zeus foram com seres do sexo feminino. Inclusive, o Deus tinha o Seu próprio amante particular: o Príncipe Ganimedes.
Devido ao Poder que tem, Zeus recebeu do poeta Homero o título de “Pai dos deuses e dos homens”. É uma alusão ao pai de família grego do século IX a.C.: tais homens sustentavam e protegiam todas as pessoas que moravam em suas casas como membros de suas famílias, mas também exigiam submissão absoluta dessas pessoas, exerciam uma autoridade inquestionável sobre elas e puniam as pessoas da família que julgavam que estavam erradas; Zeus, no mesmo peso e na mesma medida, protege todas as criaturas do Mundo (sejam elas divinas, humanas ou de qualquer outra origem), mas também exige submissão absoluta dessas criaturas, exerce uma autoridade inquestionável sobre elas e pune quem Ele julga que está errado.
Uma das atribuições punitivas de Zeus que mais se desenvolveram na Grécia Antiga foi a que mencionava o Deus castigando aqueles que maltratavam seus hóspedes: quem negava boa hospitalidade a alguém que tivesse entrado na sua casa podia contar com um castigo impiedoso de Zeus.
Por volta do século IV a.C., Zeus passou a ser chamado por algumas correntes religiosas gregas de “Deus Único”, mas não no sentido de que os outros deuses deveriam ser esquecidos, e sim no sentido de não existir outro Deus Supremo: todos os outros deuses ficam abaixo Dele, mas nunca ao lado e menos ainda acima.
Outras correntes religiosas sintetizavam Nele as atribuições das outras divindades: enquanto os outros eram, cada um, o deus disso, a deusa aquilo, o deus daquilo outro, Zeus era o Deus de tudo. O Deus de todas as coisas juntas. Mas essa ideia não se desenvolveu muito.
O templo mais antigo de Zeus parece ser o que ficava no Santuário de Dodona, num território que hoje pertence ao Noroeste da Grécia. E alguns historiadores afirmam que o santuário já tava lá antes da chegada dos indo-europeus, oferecendo culto a outra divindade. Mas os invasores, dominando o santuário, fizeram dele um centro do culto de Zeus.
A adoração a Zeus era feita pelos gregos antigos nos lugares mais altos possíveis (geralmente nos topos de montanhas), por 2 motivos básicos: 1º, os indo-europeus mencionavam Zeus originalmente como um Deus do Céu, ligado aos relâmpagos e à claridade celeste, ou seja, quanto mais perto do Céu a pessoa tava, mais perto ela tava da essência original de Zeus; e 2º, sendo Ele a Divindade Suprema, o culto Dele deve ser celebrado literalmente acima do culto dos outros deuses.
Com a chegada do Cristianismo, a imagem que Zeus mantinha como Deus Supremo começou a preocupar os seguidores de Jesus: eles viam Zeus como um concorrente ao Javé que Jesus adorava.
Então, pra deturpar a imagem Dele, passaram a retratar Zeus com um simples tarado, que passa o tempo procurando insaciavelmente por sexo, sem se preocupar em proteger nem ajudar ninguém (praticamente a imagem oposta do Zeus original, né?).
O animal e o vegetal consagrados a Zeus são a águia e o carvalho.

ARES


A origem de Ares não é muito clara, mas ele já era louvado na Grécia, no mínimo, desde o século IX a.C.
Embora no Helenismo não existam demônios (no sentido judaico-cristão da palavra), o deus que mais se aproxima dessa conotação é Ares.
Nas obras do poeta Homero, ele é chamado de “o mais odioso de todos os deuses olímpicos” e “encarnação do mal”. E séculos depois, o teatrólogo Ésquilo determinou que Ares é o “deus que não é um deus de verdade”.
Embora já tenha sido mencionado por várias vezes em épocas diferentes e países diferentes como “deus da guerra”, na verdade Ares não é bem isso. É um deus guerreiro, evidentemente. Mas ele não controla a guerra nem vive em função dela. Ele é o deus da carnificina e da violência, praticadas dentro da guerra ou fora dela.
Ares era imaginado aparecendo nas lutas só pra participar dos atos de violência, destruindo quem encontrava pela frente da forma mais aleatória possível e soltando gritos aterrorizantes de satisfação a cada vez que derramava sangue.
Ele era visto pelos gregos antigos como filho de Zeus e Hera, o que fazia dele o legítimo Príncipe do Olimpo e deveria dar a ele uma posição de destaque entre as outras divindades. Mas os mitos e lendas populares dizem claramente que, devido à personalidade descontroladamente sádica e violenta que Ares tem, ele é desprezado até pelas outras divindades olímpicas. Inclusive pelos pais Zeus e Hera!
Só Afrodite era imaginada tendo alguma afeição por Ares. E foi só com ela, de acordo com alguns mitos, que ele teve um relacionamento romântico, do qual nasceram alguns filhos.
Ares também era imaginado como pai de vários e vários outros filhos, mas quase todos nascidos dos estupros que ele praticava frequentemente em várias mulheres. E quase todos esses filhos eram bandidos e malfeitores de personalidade quase tão sádica e sanguinária quanto o pai.
Diga-se de passagem, Ares é um deus 100% heterossexual: nenhum mito nem lenda menciona qualquer contato sexual dele com nenhum ser do mesmo sexo.
Apesar da violência com a qual ele lutava, as lendas sobre Ares geralmente mencionam esse deus levando a maior surra de guerreiros mortais (principalmente de Hércules) quando se metia a lutar contra um deles. E muitas vezes tendo que fugir da luta no final!
Se no imaginário popular os gregos antigos pensavam em Ares como um deus desprezado pelos outros deuses e ridicularizado pelos mortais, na prática a coisa não era nem um pouco diferente: ele era a divindade olímpica menos adorada pelos antigos gregos. Em Atenas, então, ele só tinha um altarzinho mixuruca.
Só nas cidades de Tebas e Esparta é que ele tinha templos realmente maiores e recebia um culto mais desenvolvido.
Mas será que todas essas características não são meio estranhas num deus? Ares não ajuda nem protege ninguém (todos os deuses e deusas, de qualquer religião, protegem no mínimo um grupo específico de pessoas), ele mata e destrói ao acaso o que encontra pela frente, ninguém gosta dele (com raríssimas exceções), ele é imaginado sendo sempre derrotado por meros mortais e a maioria das pessoas não oferecem louvores a ele.
E aí fica uma questão que nenhum historiador nunca conseguiu entender bem até hoje: por que uma divindade tão mal vista por todos foi elevada ao posto de filho do Casal Real do Olimpo e, graças a isso, Príncipe dos Deuses?
De qualquer forma, Ares pode ser visto como o símbolo religioso do homem bem nascido, que desde o início tinha tudo pra ter mais destaque do que os outros, mas perdeu tudo isso devido à sua personalidade negativa e aos seus atos maléficos.
Assim, ele deve ser visto pelos praticantes do Helenismo como o anti-exemplo: aquele em quem se deve pensar pra fazer tudo ao contrário do que ele faz.
Não consegui encontrar registro de nenhum vegetal consagrado a ares, mas o animal consagrado a ele é o abutre.

AFRODITE


Essa deusa, claramente, não é de origem grega. A maioria dos historiadores concordam que ela é Astarté, a deusa fenícia da água, que recebeu o nome de Afrodite quando começou a ser louvada na Grécia.
Quando os mercadores fenícios desembarcavam nas praias gregas, faziam oferendas a Astarté pra agradecer pela proteção na viagem que tinham acabado de fazer. E os gregos, vendo isso, adotaram o culto dessa deusa, mudando o nome dela.
Como a água tem poderes férteis, Afrodite passou a ser vista como deusa da fertilidade também. Como a fertilidade tá ligada ao sexo e ao amor, ela passou a ser vista como deusa do sexo e do amor também. E esses são só alguns dos atributos que a deusa assumiu na Grécia, pois ela também foi deusa de várias outras matérias por lá. Até como deusa da guerra ela chegou a ser vista em algumas cidades gregas!
Tanto os mitos quanto as lendas populares contam que Afrodite teve muitos amantes, tanto imortais quanto mortais, que foram os pais de vários filhos dela. Mas, como ela se recusou a transar com Zeus, Ele Se vingou, obrigando ela a se casar com Hefesto, o mais horroroso de todos os deuses olímpicos. Apesar disso, nenhum mito ou lenda menciona filhos nascidos desse casamento, ao mesmo tempo em que todos concordam que Afrodite mal chegava perto do marido e continuava tendo várias relações extraconjugais.
Se essa deusa era vista assim pelos gregos, o que a gente pode concluir é que ela era o símbolo religioso da mulher de sexualidade livre, senhora das suas próprias decisões, que tem todos os relacionamentos que quiser e com quem quiser, não se relaciona com quem não quer e não se sente presa a casamento nenhum nem obrigada a ter filhos com marido nenhum.
É bom lembrar que, pros gregos antigos, a alegria e o sexo eram considerados sagrados, e não pecaminosos, como os grupos religiosos judaico-cristãos conservadores tentam impor hoje. O sexo só era sacrilégio pra quem tivesse feito algum voto de castidade, o que não era o caso dos adoradores de Afrodite: ela não proibia nenhum tipo de amor nem de prática sexual, mas, pelo contrário, incentivava. E quem pretendia conquistar o amor da pessoa amada, independente do sexo dessa pessoa, sempre se voltava pra Afrodite.
Consequentemente, ela também era considerada a protetora de todas as pessoas que tinham o sexo como atividade básica e necessária pra vida delas. As prostitutas da Grécia Antiga, principalmente, louvavam essa deusa com essa visão.
Assim, atualmente, Afrodite pode tranquilamente ser considerada a deusa protetora dos atores pornô, tanto quanto de todas as demais pessoas que trabalham com sexo.
Ela também era imaginada pelos gregos antigos como a mais linda de todas as deusas olímpicas, mais até do que Hera e Atena.
São vários os animais e vegetais que simbolizam Afrodite. Mas entre os mais comuns tão o pombo e o mirto.

Artemis


Podemos dizer que essa é uma deusa de várias origens, já que a imagem dela parece ter sido formada da união de várias divindades diferentes. Isso se percebe até pela contradição entre algumas matérias das quais ela é deusa: Ártemis é responsável pela alimentação, por ser a deusa da caça; mas ela também é a legisladora que determina se alguma presa pode ou não ser abatida, por ser a deusa protetora dos animais.
Em cada região da Grécia, ela era chamada por nomes diferentes, que, supostamente, seriam nomes de deusas menores que foram associadas a ela ao longo dos séculos.
O culto de Ártemis tava muito associado ao culto de Apolo. Quando os gregos ofereciam culto a Apolo, Ártemis era quase sempre, no mínimo, mencionada durante o ritual. E vice-versa, é claro. E essa ligação entre esses 2 deuses parecia algo tão indissolúvel que eles passaram a ser vistos como irmãos gêmeos e versão masculina e feminina um do outro. Inclusive, já que Apolo é o deus do Sol, Ártemis também passou a ser considerada a deusa da Lua, nos períodos de crescente e minguante (na maioria das culturas, a Lua é considerada a versão feminina do Sol).
Ártemis e Apolo também eram considerados, em várias regiões da Grécia, os deuses-protetores das crianças e dos adolescentes.
Muitas características de Ártemis, tanto na mitologia quanto na religião, são uma simples releitura das características de Apolo, sob uma condição relativamente mais feminina.
Mas também existem grandes diferenças entre eles...
Como Apolo era considerado o deus masculino mais lindo de todos, os mitos e lendas populares mencionam uma infinidade de relações dele tanto com homens quanto com mulheres, resultando em dezenas de filhos. Mas Ártemis, muito pelo contrário, era retratada como uma deusa virgem e intocável. E geralmente era imaginada matando quem atentasse contra a virgindade dela. Mas essa virgindade era por um motivo muito prático: evitar a gravidez. Gerar e parir um filho é algo abominável pra essa deusa. Em vez disso, proteger e educar uma criança é algo muito mais bem aceito por ela.
De qualquer forma, por causa disso, os sacerdotes e sacerdotisas dela eram quase sempre obrigados a fazer voto de castidade. E a deusa, acreditavam eles, castigaria da forma mais cruel e violenta possível quem ousasse quebrar esse voto.
Ártemis também era sempre imaginada como a deusa que não pede pra ser defendida por ninguém: quando se sente ameaçada ou desrespeitada, ela se defende e se vinga com as próprias mãos. Não faltam mitos e lendas que mencionam essa deusa matando a flechadas aqueles que ofenderam ela de alguma forma ou mesmo se transformando em animais pra, nessa forma, matar ou provocar a morte dos que ofenderam ela.
Ela é o símbolo religioso da mulher independente, que caça sua própria subsistência, sabe se defender sozinha, não sente nenhuma falta de um marido que engravide ela e consegue se bastar sozinha de uma forma tão forte que nem o contato sexual com outra pessoa parece algo muito importante.
Todos os animais simbolizam Ártemis, já que ela protege todos eles. E um dos vegetais que mais simbolizam ela é a artemísia.

APOLO


Os registros mais antigos (confiáveis) do culto de Apolo na Grécia parecem ser os do século XI a.C. Alguns historiadores supõem que ele já era adorado lá alguns séculos antes disso, mas aí são basicamente só suposições.
Aparentemente foi no século XI a.C. que ele passou a receber culto na cidade de Delfos, que, antes dele, tinha como deusa protetora uma divindade feminina ligada às trevas (a deusa Gaia, de acordo com a maioria dos historiadores). Assim, a cidade passou por uma grande mudança, já que o deus protetor dela passou a ser uma divindade masculina ligada à luz.
Delfos era um vilarejo simples antes da chegada do culto de Apolo. E a deusa adorada pelos habitantes era vista como dona de um oráculo: os consulentes iam ao templo ali existente pra fazer perguntas aos sacerdotes dela sobre o futuro. Mas mesmo depois da chegada de Apolo, esse caráter foi mantido, só que Apolo passou a ser visto como dono do templo e do oráculo existentes ali: de todas as partes da Grécia passaram a chegar peregrinos, querendo fazer perguntas ao Oráculo de Delfos.
Mas mesmo 300 depois disso, no século VIII a.C., ainda se viam alguns poucos vestígios de um culto matriarcal nas cerimônias de adoração a Apolo em Delfos.
Bom, era em frente a esse templo de Apolo que ficava escrito aquilo que era exatamente o único dogma escrito do Helenismo Antigo:

“Conhece-te a ti mesmo”

Quanto à origem de Apolo, ele parece ser um deus nativo do Oriente Próximo, tendo seu culto levado à Grécia um pouco antes do século XI a.C e, como já foi dito, se fixando lá pouco depois.
Como a gente já viu, em Delfos, ele desenvolveu antes de tudo um caráter de deus oracular, que responde as perguntas dos fieis sobre o futuro. Mas no resto da Grécia, ele adquiriu as mais variadas imagens e passou a ser visto como deus dos mais variados elementos e protetor de diferentes tipos de pessoas: ele foi visto como deus da Primavera, deus dos arqueiros, deus dos pastores, deus dos tocadores de lira...
Em algumas regiões, Apolo foi louvado como deus da saúde e da doença, podendo dar tanto uma quanto a outra. Não faltam mitos e lendas que mencionam ele mandando epidemias de peste contra cidades e, assim, matando vários habitantes por algum sacrilégio cometido ali, tanto quanto lendas e mitos que falam dele fazendo a doença recuar e trazendo a cura pra quem merece ser poupado.
Por isso mesmo, uma das atribuições dele é a de deus protetor dos médicos.
Mas parece que foi como deus do Sol que a imagem de Apolo mais se desenvolveu na Grécia (perdendo apenas pra imagem dele como deus dos oráculos).
Como deus do Sol, eventualmente, ele era imaginado como uma figura majestosa (mas sempre jovem) e cercada por uma luz fascinante, inferior apenas à Luz de Zeus.
Aliás, a beleza masculina tão incomparável de Apolo, que, de acordo com os mitos e lendas, seduziu tantos amantes de ambos os sexos, era responsável pela multidão de filhos que o imaginário popular atribuía a esse deus. Mas esses mesmos mitos e lendas contam que ele nunca criava esses filhos. Ele até se vingava violentamente quando alguém fazia alguma coisa contra um filho dele, mas não era presente na vida dos filhos.
E nenhum mito ou lenda diz que ele se casou.
Assim, podemos ver Apolo como o símbolo religioso do homem que pode ser adorado, mas nunca tido de forma mais próxima. Um homem a quem é possível amar, temer, reconhecer como superior à maioria dos outros homens e com quem se pode até ter alguns momentos de prazer físico. Um homem de quem se pode cobrar proteção e justiça, sabendo que tais cobranças vão ser atendidas, mas que nunca vai ser um pai presente nem um parceiro amoroso presente. Porque ele é superiormente intocável demais pra isso e tem funções superiores demais a essas pra exercer.
Como seja, o traço dominante de todas essas formas diferentes de adoração a Apolo era a associação dele com a deusa Ártemis.
Vários animais são consagrados a Apolo (provavelmente por causa da associação com Ártemis), mas um dos principais é o cisne branco. E o vegetal consagrado a ele era a erva alucinógena mascada pelas sacerdotisas de Delfos quando realizavam certos rituais, mas que hoje não se tem certeza do que se trata.

Meditação do Elemento Terra


De frente para o norte.

Concentre-se.

Sinta seus ossos, seu esqueleto, a solidez do seu corpo.

Conscientize-se de seu corpo, de tudo que possa ser tocado e sentido.

Sinta a força da gravidade, seu próprio peso, sua atração para a terra, que é o corpo da Deusa.

Você é um traço natural, uma montanha em movimento.

Una-se a tudo que vem da terra: grama, grãos, árvores, frutas, flores, animais, metais e pedras preciosas.

Retorne ao pó, a matéria orgânica, á lama.

Diga:

“Salve Belili, mãe das montanhas!”

Meditação do Elemento Água


De frente para o oeste.

Concentre-se.

Sinta o sangue fluindo através dos rios de suas veias, as marés liquidas dentro de cada célula de seu corpo.

Você é líquido, uma gota congelada no oceano original que é o útero da Grande Mãe.

Descubra os calmos lagos de tranquilidade dentro de você, os rios de sentimentos, as correntes de poder.

Afunde profundamente no poço de sua mente interior, abaixo do nível de sua consciência.

Diga:

“Salve Tiamat, deusa serpente das profundezas do mar!”

Meditação do Elemento Fogo


Fique de frente para o sul.

Concentre-se.

Torne-se consciente da fagulha elétrica dentro de cada nervo enquanto impulsos inspiram a sensação do calor do fogo.

Conscientize-se da combustão dentro de cada célula, enquanto o alimento é queimado para liberar energia.

Deixe o seu fogo unir-se a chama da vela, a fogueira, ao fogo da lareira, ao raio, a luz das estrelas e do sol, unido ao espírito resplandecente da Deusa.

Diga:

“Salve Tara, a deusa do fogo!”

Meditação do Elemento Ar


Fique de frente para o leste.

Concentre-se e centre-se.

Respire profundamente e torne-se consciente do ar enquanto ele flui para dentro e para fora de seus pulmões.

Sinta-o como o sopro da Deusa e absorva a força vital, a sua respiração, o universo.

Deixe que a sua própria respiração incorpore-se ao vento, as nuvens, as grandes correntes que varrem o campo e o oceano com o movimento da terra.

Diga:

“Salve Arida, iluminada senhora do ar!”

Magia das Rosas para o Amor


O propósito deste feitiço é o mesmo em muitos paizes, como Itália, Espanha, Grécia, enfim, o anseio por um grande amor deixou uma tradição onde a rosa vermelha adquiriu uma energia eficaz quando o assunto é amor.

Isto é o que o homem ou a mulher apaixonados devem fazer:

Escolha uma rosa fresca e semi aberta, vermelha. E muito cuidado com o espinho, pois caso se machuque, adie o ritual para oito dias depois.

Compre ou faça três velas vermelhas longas.

Antes de dormir, coloque a rosa em um vidro com água (vaso ou solitário) próximo à sua cama e com as velas faça um triangula ao redor da rosa.

Vá dormir pensando na pessoa amada para ter um provável sonho com ela.

Acorde antes do sol nascer, substitua a água do vaso por areia e deixe a rosa de frente para o leste para recepcionar o sol.

Agora, pegue somente duas das velas posicionadas ao redor da rosa e coloque-as uma de cada lado e acenda-as.

Enquanto as velas queimam, pense na pessoa amada e diga em voz alta:

“Esta rosa é mensageira do verdadeiro amor.

Estas velas levarão o meu amor ao coração do meu amado…”

Então leve a rosa de volta ao local próximo à sua cama, e transfira as velas com cuidado para não apagar (e se caso apague, reacenda-as) deixando que as velas queimem ao lado da rosa até o final.

Deixe os restos da rosa e das velas no local por três dias e três noites.

Na manhã do quarto dia, pegue as pétalas murchas e o talo da rosa, os resíduoas das velas queimadas e coloque tudo num saco de papel, e enterre este saco num jardim.

Agora é só aguardar o contato da pessoa amada, por quem você teve tanto trabalho, ou se quiser entre em contato você mesmo(a), pois está feito.

Há, e a terceira vela, acenda após concretizar o relacionamento com a pessoa amada, em agradecimento e reconhecimento ao poder desta rosa.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Simpatia p dia de São José


Simpatia da Fruta
Pense em algo que queira muito, mas ache difícil de alcançar.
Tem que ser um desejo justo.
Dobre os papeizinhos e coloque numa vasilha.
Faça o pedido a São José e faça sua oração. Após a oração, tire um dos papeizinhos.
Fique um ano sem comer aquela fruta.
Evite até as comidas que possam levar a fruta.
Evite chocolates também.
Se o pedido for justo ele vai acontecer naquele ano.

Oração de São José


A vós, S. José, recorremos em nossa tribulação e, depois de ter implorado o auxílio de Vossa Santíssima Esposa, cheios de confiança solicitamos também o Vosso patrocínio. Por este laço sagrado de caridade que Vos uniu à Virgem Imaculada Mãe de Deus, e pelo amor paternal que tivestes ao Menino Jesus, ardentemente Vos suplicamos que lanceis um olhar benigno para a herança que Jesus Cristo conquistou com seu Sangue, e nos socorrais em nossas necessidades com o Vosso auxílio e poder. Protegei, ó Guarda providente da Divina Família, a raça eleita de Jesus Cristo. Afastai para longe de nós, ó Pai amantíssimo, a peste do erro e do vício. Assisti-nos do alto do céu, ó nosso fortíssimo sustentáculo, na luta contra o poder das trevas; e assim como outrora salvastes da morte a vida ameaçada do Menino Jesus, assim também defendei agora a Santa Igreja de Deus contra as ciladas de seus inimigos e contra toda adversidade. Amparai a cada um de nós com o Vosso constante patrocínio a fim de que, a Vosso exemplo e sustentados por Vosso auxílio, possamos viver virtuosamente, morrer piedosamente e obter no céu a eterna bem-aventurança. Amém.

Dia 19 de Março-Dia de São José


O culto a São José começou provavelmente no Egito, passando mais tarde para o Ocidente, onde hoje alcança grande popularidade. Em 1870, o papa Pio IX o proclamou "O Patrono da Igreja Universal" e, a partir de então, passou a ser cultuado no dia 19 de março.
Em 1955 Pio XII fixou o dia 1º de maio para "São José Operário, o trabalhador".
Apesar de ter grande importância dentro da Igreja Católica, o nome de São José não é muito citado dentro das fontes bibliográficas da Igreja, sendo apenas mencionado nos Evangelhos de S. Lucas e S. Mateus.

Descendente de Davi, São José era carpinteiro na Galiléia e comprometido com Maria. Segundo a tradição popular, a mão de Maria era aspirada por muitos pretendentes, porém, foi a José que ela foi concedida.

Quando Maria recebeu a anunciação do anjo Gabriel de que daria à luz ao Menino Jesus, José ficou bastante confuso porque apesar de não ter tomado parte na gravidez, confiava na fidelidade dela. Resolveu, então, terminar o noivado e deixá-la secretamente, sem comentar nada com ninguém. Porém, em um sonho, um anjo lhe apareceu e contou que o Menino era Filho de Deus e que ele deveria manter o casamento.

José esteve ao lado de Maria em todos os momentos, principalmente na hora do parto, que aconteceu em um estábulo, em Belém.

Quando Jesus tinha dois anos, José foi novamente avisado por um anjo que deveria fugir de Belém para o Egito, porque todas as crianças do sexo masculino estavam sendo exterminadas, por ordem de Herodes.

José, Maria e Jesus fugiram para o Egito e permaneceram lá até que um anjo avisasse da morte de Herodes.

Temendo um sucessor do tirano, José levou a familia para Nazaré, uma cidade da Galiléia.

Outro momento da vida de Cristo em que José aparece na condição de Seu guardião foi na celebração da Páscoa Judaica, em Jerusalém, quando Jesus tina 12 anos.

Em companhia de muitos de seus vizinhos, José e Maria voltavam para a Galiléia com a certeza de que Jesus estava no meio do grupo.

Ao chegar a noite e não terem notícias de seu filho, regressaram para Jerusalém em uma busca que durou 3 dias.

Para a surpresa do casal, Jesus foi encontrado no templo em meio aos doutores da lei mais eruditos, explicando coisas que o deixavam admirados.

Apesar da grande importância de José na vida de Jesus Cristo não há referências da data de sua morte.

Acredita-se que José tenha morrido antes da crucificação de Cristo, quando este tinha 30 anos.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Saiba como fazer Bruxaria


Usar Magia ou Bruxaria é simplesmente direcionar sua vontade para uma religião da natureza.

Digo religião por ser uma crença ou fé em algo que irá desejar, e da natureza porque é instintivo e natural a energia que é utilizada.

O primeiro passo para aprender a bruxaria é estudar a própria.

Você pode fazer isso através do estudo de muitos livros e revistas, tanto offline como online.

Isto irá permitir que você entenda os princípios básicos e as crenças da bruxaria.

Desde que a bruxaria é a religião da natureza, seria muito bom você ir diretamente para o colo da mãe natureza e ter sua experiência de sentir, lendo livros em riachos e nas pedras.

Assista o vôo das aves através do nascer-do-sol glorioso e através das montanhas e mares. Olhar com admiração a terra e o céu, que são os organismos do Deus e Deusa.

Agora pegue um caderno e escreva à lápis, porque você quer se tornar uma bruxa ou um bruxo. Como você visualiza o Deus e Deusa? Seja honesto. Mais tarde, esse deve se tornar o seu Livro das Sombras.

O próximo passo é explorar a magia.

Magia não é uma maneira Hocus Pocus de dobrar as leis da natureza para atender às suas necessidades.

A magia da bruxaria é para aumentar e canalizar a energia que está dentro de você para colocá-lo em harmonia com a natureza para obter o resultado desejado.

Para isso, você precisa entender a importância dos princípios fundamentais:

• Abrir círculos para sua proteção,
• Cuidado com os pensamentos e palavras,
• Seriedade invocando Deus / Deusa,
• Sensibilização e dirigir as energias,
• e, finalmente, aterramento, centralização e fechamento do círculo.

Tente compreender as diferentes fases da lua, e seus efeitos sobre seu estado de espírito e corpo.

Você também deve fazer alguma meditação e visualização de exercícios para aumentar a sua concentração e foco. Aprenda a tirar a força da terra, sol, lua e estrelas.

Aprenda a ser ainda, calmo e sossegado e ouvir a voz de Deus e da Deusa quando eles te chamam.

Agora você pode começar seu trabalho de magia de base inicial com o seu ritual de lua nova como base.

Não vá depois da palavra dita, querer acrescentar nada aos rituais que você fez.

Essas são apenas orientações. Anote os seus próprios rituais. Tendo feito isso você deve se dedicar à bruxaria sempre se atualizando.

Depois, você pode juntar alguns coven ou a rede de seu companheiro Wiccans.

Para você ser especial, deve, sobre o aspecto ético da realização de bruxaria, ser atento as energias em seu interior.

Se você tentar prejudicar alguém com seus poderes mágicos, você enfrentará os resultados de seus maus atos destinados, muito em breve.

Bendito seja!

Invocação dos quatro elementos


"As invocações não deixam de ser um tipo de oração mais complexo, e sua prática aumenta, e muito, nosso contato com as forças ocultas da Natureza. Logo abaixo, uma Invocação mais completa, mas dedicada a quem já conhece um pouco sobre Magia Prática. E logo depois, uma Invocação simples, mas de ótimos resultados para todas as pessoas, Iniciadas ou não em Magia..."

INVOCAÇÃO DOS QUATRO CANTOS

"O Iniciado, aponderando-se do pensamento, que produz as diversas formas, se torna senhor das formas e as faz servir ao seu uso." O Ar, a Água, a Terra e o Fogo (formas elementais) separam e especificam, por uma espécie de esboço, os espíritos criados no Moviento Universal Inteligente. Evocando os Elementos, entramos em contato com toda parte, pois o Espírito elabora e fecunda a matéria pela vida; toda matéria é animada; o pensamento e a Alma estão em toda parte. Para evitarmos as interferências dos fenômenos provocados pelos Elementais, temos que possuir a Vontade mais poderosa, a fim de dominarmos, por uma elevada razão e uma grande severidade, as correntes invisíveis que podem ser ocasionadas. Para isso, não podemos ter medo da água, pois necessitamos dominar as Ondinas. Não teremos medo do fogo, porque ordenaremos às Salamandras. Não nos abrigaremos dos ventos, nem teremos medo de alçar às alturas, porque dominaremos os Silfos e os Gênios. E não temeremos os elementais da Terra, porque os espíritos inferiores só obedecem a um poder que lhes provamos. Mostramo-nos seus Senhores até no seu próprio elemento. Com a Ousadia e o Exercício, conquistamos o Poder incontestavél, impondo aos Elementos o Verbo Puro da nossa Vontade por Consagrações especiais para o Ar, ao Fogo, à Água e à Terra. Este é o começo indispensável de todas as operações Mágicas. Mas antes, com o Sinal Mágico, da cruz, é preciso vencê-los nas suas forças, sem nunca se deixar subjulgar pelas nossas fraquezas e pelas "fraquezas" deles. Sabemos que a cruz surgiu muito antes do Cristianismo e a ele não pertence exclusivamente. Para nós, representa as oposições e o equilíbrio quaternário de todos os elementos. Portanto, é reservado aos Inciados o Sinal-da-Cruz em sua forma original. Esta é a maneira correta; ao longo dos anos, a Igreja e seus militantes profanaram os significados e simbolismos. O Iniciado leva a mão à testa e diz: -A TI PERTENCEM... Leva a mão ao peito: -O REINO... Bota a mão no ombro esquerdo: -A JUSTIÇA No ombro direito: -E A MISERICÓRDIA... Depois, com a mão direita erguida para o céu e a esquerda em direção à Terra, fala: -NOS CICLOS GERADORES! TIBI SUNT MALCHUT ET GEBURAH ET CHESED PER AEONAS. (em latim, mesmo!) Este Sinal Mágico, da cruz, deve ser feito sempre, antes e depois de qualquer desenvolvimento de Desejos, Vontades e Verbos - As operações mágicas. As consagrações e outras Evocações que estão a se encontram a seguir, foram retiradas de Grimoires de diversos autores, tais como Agrippa, Albert Le Grand, Papus e Eliphas Levi. Devemos lembrar que as orações devem ser criadas e produzidas, palavra por palavra, pelo próprio Iniciado, numa verdadeira alquimia das Vontades expressas por suas palavras. Portanto, o que você irá ler não deve ser tomado como uma "receita", e sim como um estímulo para o Iniciado buscar suas próprias palavras na expressão Pura de suas Vontades. Agora sim, podemos dar início às Consagrações (Ar e Água) e ao Exorcismo (Fogo e Terra). Consagramos o Ar soprando para os quatro quatro pontos cardeais, dizendo:

SPIRITUS DEI FEREBATUR SUPER AQUAS, ET INSPIRAVIT IN FACIEM HOMINIS SPIRACULUM VITAE. SIT MICHAEL DUZ MEUS, ET SABTABIEL SERVUS MEUS IN LUCE PER LUCEM FIAT VERBUM HALITUS MEUS; ET IMPERABO SPIRITIBUS AERIS HUJUS, ET REFROENABO EQUOS SOLIS VOLUNTATE CORDIS MEIS, ET COGITATIONE MENTIS MEAE ET NUTU OCULI DEXTRI. EXORCISO IGITUR TE, CREATURA DERIS, PER PANTAGRAMMATON ET IN NOMINE TETRAGRAMMATON, IN QUIBUS SUNT VOLUNTAS FIRMA ET FIDES RECTA. AMEN. SELA FIAT.

Em seguida, recitamos a oração aos Silfos: Espírito de sabedoria cujo sopro dá e retoma a forma de todas as coisas. Tu, diante de quem a vida dos seres é uma sombra que muda e um vapor que passa. Tu, que sobes às nuvens e que caminhas nas asas dos ventos. Tu, que expiras, e os espaços sem fim são povoados.Tu, que aspiras, e tudo o que de ti vem a ti volta: movimento sem fim na estabilidade eterna, sê eternamente bendito. Nós te louvamos e te bendizemos no império móvel da luz Criada, das sombras, dos reflexos e das imagens, e aspiranmos, incenssamente, à tua imutável e imperecível claridade. Deixa penetrar até nós o raio de tua inteligência e o calor do teu amor: então o que é móvel ficará fixo, a sombras será um corpo, o espírito do ar será uma alma, o sonho será um pensamento. E nós não seremos mais arrastados pela tempestade, porém seguraremos as rédeas dos cavalos alados da manhã e dirigiremos o curso dos ventos da tarde, para voarmos diante de ti. Ó Espírito dos espíritos, ó alma eterna das almas, ó sopro imperecível de vida, ó suspiro criador, ó boca que aspiras e expiras a exitência de todos os entes, no fluxo e refluxo da tua eterna palavra, que é oceano divino do movimento e da verdade. Amém. Consagramos, depois a água pela imposição das mãos e pelo sopro das palavras: FIAT FIRMAMENTUM IN MEDIO AQUARUM ET SEPARET AQUAS AB AQUIS, QUAE SUPERIUS SICUT INFERIUS, ET QUAE INFERIUS SICUT QUAE SUPERIU, AD PERPETRANDA MIRACULA REI UNIUS. SOL EJUS PATER EST, LUNA MATER ET VENTUS HANC GESTAVIT IN UTERO SUO, ASCENDIT A TERRA AD COELUM ET RURSUS A COELO IN TERRAN DESCENDIT. EXORCISO TE CREATURA AQUAE, UT SIS MIHI SPECULUM DEI VIVI IN OPERIBUS EJUS, ET FONS VITAE, ET ABLUTIO PECCATORUM. AMEN.

Seguimos, então, com a Oração das Ondinas: Rei do terrível mar, vós que tendes as chaves das cataratas do céu, e que encerrais as águas subterrâneas nas cavernas da Terra. Rei do dilúvio e das chuvas da primavera, a vós que ordenais à umidade, que é como que o sangue da Terra, de tornar-se seiva das plantas, nós vos adoramos e vos invocamos. A nós, vossas móveis e variáveis criaturas, falai-nos nas grandes comoções do mar, e tremeremos diante de vós. Falai-nos também do murmúrio das límpidas águas, e desejaremos o vosso amor. Ó imensidão na qual vão perder-se todo os rios do ser, que sempre renascem em vós! Ó oceano das perfeições infinitas! Altura de que vos mirais na profundidade. Profundidade que exalais na altura, levai-nos à verdadeira vida pela inteligência e pelo amor! Levai-nos à imortalidade pelo sacrifício, a fim de que sejamos dignos de vos oferecer, um dia, a água, o sangue e as lágrimas, pela remissão dos erros. Amém.

Para exorcizarmos o Fogo, jogamos sal e pronunciamos três vezes os três nomes dos gênios do fogo: Miguel, rei do Sol e do raio; Samael, rei dos vulcões; e Anael, príncipe da Luz Astral. A seguir, recitamos a oração das Salamandras:
Imortal, eterno, inefável e incriado pai de todas as coisas, que és levado no carro sem cessar rodante dos mundos que giram sempres. Dominador das imensidades etéreas, onde estás ereto no trono do teu poder, de cima do qual teus olhos formidáveis descobrem tudo e teus belos e santos ouvidos escutam tudo, atende aos teus filhos, que amaste desde o nascimento dos séculos; porque a tua dourada, grande e eterna majestade resplandece acima do mundo e do céu das estrelas; estás elevado acima delas, ó fogo faíscante. Aí, tu te acendes e te conservas a ti mesmo pelo teu próprio esplendor, e saem da tua essência regatos inesgotáveis de luz, que nutrem teu espírito infinito. Este espírito infinito alimenta todas as coisas e faz este tesouro inesgotável de substância sempre pronta à geração que elabora e que se aprimora das formas de que a impregnaste desde o princípio. Deste espírito tiram também sua origem estes reis mui santos que estão ao redor do teu trono e que compõem a tua corte, ó pai universal! Ó único! Ó pai dos felizes mortais e imortais.
Criaste, em particular, potências que são, maravilhosamente, semelhantes ao teu eterno pensamento e à tua essência adorável. Tu as estabeleceste superiores aos anjos, que anunciam ao mundo as tuas Vontades. Enfim, nos criaste na terceira ordem no nosso império Elemental. Aqui, o nosso contínuo exercício é louvar e adorar os teus desejos.
Aqui, ardemos, incessantemente, aspirando possuir-te. Ó pai! Ó mãe! Ó mais terna das mães! Ó arquétipo admirável da maternidade e do puro amor! Ó filho, flor dos filhos! Ó forma de todas as formas, alma, espírito, harmonia e número de todas as coisas! Amém.

A seguir, passamos a exorcisar a Terra: Rei invisível, que tomastes a Terra para apoio e que cavastes os seus abismos para enchê-los com a vossa onipotência. Vós, cujo nome faz tremer as abóbodas do mundo, vós que fazeis correr os sete metais nas veias da pedra, monarca das sete luzes, remunerador dos operários subterrâneos, levai-nos ao ar desejável e ao reino da claridade. Velamos e trabalhamos sem descanso, procuramos e esperamos, pelas doze pedras da cidade santa, pelos talismãs que estão escondidos, pelo cravo de imã que atravessa o centro do mundo. Senhor, tende piedade dos que sofrem, desabafai os nossos peitos, desembaraçai e elevai nossas cabeças, engrandecei-nos. Ó estabilidade e movimento. Ó dia envolto de noite, ó obscuridade coberta de luz! Ó Senhor, que nunca retende convosco o salário de vossos trabalhadores! Ó brancura cristalina, ó esplendor dourado! Ó coroa de diamantes vivos e melodiosos! Vós que levais o céu no vosso dedo, como um anel de safira, vós que escondeis embaixo da Terra, no reino das pedrarias, a semente maravilhosa das estrelas, vivei, reinai e sede o eterno dispensador das riquezas que nos fizeste guardas. Amém.

Estas são as relações de todos os Elementais na composição Univesal, com seus respectivos soberanos:

Gob, para os Elementais da Terra;
Djin, para as Salamandras;
Pralda ou Peralda, para os Silfos; e
Niksa ou Nikse, para as Ondinas.