quarta-feira, 21 de abril de 2010

Coven


Coven ou Assembléia é, nada mais nada menos, que um grupo de wiccans, que se unem num laço mágico, físico e emocional, sob o objetivo de louvar a Deusa e o Deus tendo em comum um juramento de fidelidade à Arte e ao grupo.
Um Coven tem como filosofia “Perfeito Amor e Perfeita Confiança”
Isto quer dizer que dentro do Coven deverá prevalecer a união, pois um Coven é, antes de mais nada, uma família.
Tradicionalmente, ele abriga o máximo de treze pessoas. Quando esse número excede, há uma divisão e cria-se então os Clãs, formados de vários grupos originados de um Coven inicial comum. Num grupo tão pequeno, todos tornam-se de vital importância, e a falta de qualquer membro é facilmente sentida.
Na Wicca, não existe nenhuma entidade hierárquica. O Coven não precisa ser associado a nenhuma fundação “maior”, com um “grande chefe” comandando tudo. No entanto cada tradição tem sua organização própria sendo umas mais piramidais que outras ou ainda mais ou menos fechadas em relação a novos membros.
O líder do Coven deve possuir sensibilidade e poder interior para canalizar a energia do grupo, para dar início e interromper cada fase dos rituais, ajustando a duração de acordo com o ânimo do grupo. Ele normalmente é escolhido pelo próprio grupo. E geralmente tem seu cargo avaliado pelos membros e por si mesmo. Um sacerdócio-mor, uma posição de liderança, não é um status vitalício… e sempre que necessário outras pessoas podem tomar estas posições
desde que dispostas a trabalhar e de comum acordo com todo o grupo. Tensões por poder são comuns em todos os lugares.
Nessas horas de disputa mesquinha o ideal é que se afastem os membros envolvidos e que se escolha um outro para o cargo. Moderação e diplomacia são sempre preferíveis à decisões ríspidas e autoritárias, mas pulso firme no momento certo assegura a estabilidade dos laços.

Para tornar-se membro de um Coven, o Bruxo deve primeiro encontrar um Coven e ser iniciado, deve submeter-se a um ritual de comprometimento na qual os ensinamentos e segredos internos do grupo são revelados. A iniciação é seguida de um longo período de treinamento, onde a confiança do grupo é aos poucos conquistada. Ou, se não for possível encontrar um Coven de portas abertas, o Bruxo pode escolher uma tradição que admita a auto-iniciação e formar seu próprio grupo de pessoas interessadas que estudarão, se dedicarão e se tornarão, com um pouco mais de esforço, um Coven….
Um Coven sempre mantém encontros periódicos para o treinamento de exercícios, troca de experiências, comemoração dos Sabás e Esbás, além de trabalharem juntos em outros rituais. A disciplina é essencial na formação de uma consciência mágica comum ao grupo e de uma Egrégora (que é, para simplificar, a força mágica do grupo e sua repercussão no Astral).

Covens liberais e democráticos em excesso se embaralham em coisas simples. Um pouco de ordem na casa, objetividade e disposição para abrir mão das próprias opiniões em pró do grupo sempre ajudam a concentrar esforços numa mesma direção.
Cada Coven tem seu próprio símbolo e nome, suas regras, suas características, seu método de estudo e “carisma mágico próprio”. Covens próximos podem e devem trocar influências, porém sempre respeitando a individualidade de cada membro.
Mais que tudo, um Coven é um organismo, vivo e pulsante, que responde segundo seus membros. Se alguém está doente, mal-intencionado, desequilibrado, angustiado, isso tudo se reflete no desempenho do grupo, nos resultados dos rituais.
Por outro lado se há alguém extremamente bem, feliz, disposto, energizado, isso também é dividido com os membros que sentem a energia do Coven. O Coven une seus membros muito além do plano físico, até mesmo no emocional. A união é uma simbiose mágica (ou ao menos deveria ser). O que um sente é notado por todos, o que um passa é sentido por todos. Reza o ditame:

“Os laços de um Coven são mais fortes que o sangue”

Os Covens possuem graus hierárquicos, dependendo de Coven para Coven.

Normalmente os membros são:

* – Alta Sacerdotisa – a líder feminina de um Coven, normalmente de 3º grau. Ela representa a Deusa em um ritual e dá a palavra final em um Círculo.
* – Alto Sacerdote – o líder masculino de um Coven, normalmente de 3º grau. Ele representa o Deus em um ritual.
* – Anciã(o) – um membro do Coven que mereceu seu 3º grau e que seja ou tenha sido uma Alta Sacerdotisa ou Alto Sacerdote em seu próprio Coven.
* – Terceiro Grau – completa e total dedicação aos Deuses e à Comunidade Wicca.
* – Segundo Grau – completou o seu 1º grau e é qualificado para ensinar estudantes do primeiro grau. É o grau do verbo “fazer”.
* – Primeiro Grau – aquele que se dedicou a aprender a Arte. Este é o grau do verbo “saber”
* – Dedicado – aquele que está aspirando o primeiro grau, e decide a dedicar-se aos caminhos da Wicca.
* – Neófito – uma pessoa interessada em Wicca, mas que ainda não sabe nada relativo a Arte.

Os Covens devem escolher uma Alta Sacerdotisa e Sacerdote que sejam democráticos e bons, além de justos e sábios, porque não importa o que os outros membros do Coven falem… É a Alta Sacerdotisa quem dá a palavra final , mesmo que seja essa, contra todos os outros.

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