Dioniso tem, seguramente, origem pré-helênica — talvez até indo-européia. Foi provavelmente uma divindade importante durante o Neolítico e sua lenda tem nítidas conexões com a Trácia e com a Ásia Menor. Ele é uma das divindades citadas pelas tabuinhas em Linear B e já havia um santuário micênico dedicado a ele na ilha de Ceos, por volta do século -XV.
Na época de Homero e de Hesíodo, no entanto, Dioniso tinha pouca expressão. Pinturas de vaso do fim do século -VI e a composição do hino homérico a Dioniso, no fim do século -V, parecem indicar que a popularização do deus deve ter ocorrido nesse século. Para os gregos, de forma geral, ele era filho de Zeus e de Sêmele, princesa tebana, uma das filhas de Cadmo e Harmonia.
O thíasos compunha-se de ninfas, de sátiros, das mênades, de Sileno e, possivelmente, de alguns animais selvagens como leões e panteras. Às vezes o deus Pã também tomava parte no cortejo. As mulheres e os homens que seguiam o deus eram chamados de bacantes.
Os sátiros tinham aspecto animalesco, a parte inferior do corpo igual a um bode — ou simplesmente chifres e cauda de cavalo —. Caracteristicamente, o pênis era enorme e quase sempre ereto. Sileno era um sátiro muito velho e de grande sabedoria que em algumas versões da lenda teria ajudado as ninfas a criar Dioniso.
As mênades eram mulheres tomadas pelo delírio dionisíaco. Nuas ou levemente vestidas, estavam sempre dançando e agitando ramos.
Dioniso é representado geralmente com uma taça de vinho nas mãos, junto à hera ou a vinhas, freqüentemente acompanhado de uma pantera, dos sátiros e das mênades. Seu símbolo habitual é o tirso, um bastão de madeira enfeitado com hera.
O deus era cultuado principalmente na Ática, em Delfos e na Grécia do Norte, notadamente em festivais populares. Em Atenas, as Antestérias, as Lenéias e as Dionísias Urbanas e Rurais se tornaram famosas, principalmente, pelas tragédias, comédias e dramas satíricos apresentados durante o festival. É possível que, em tempos mais remotos, os participantes desses festivais usassem máscaras do deus, consumissem vinho em grande quantidade e matassem animais de forma ritual. A Dioniso estava também associado um culto de Mistérios, em que eram celebrados rituais de fertilidade altamente secretos.
Na época romana, as festas em honra a Dioniso (”bacanais”) se tornaram tão desenfreadas que foram proibidas pelo Senado.
Fonte: GreciaAntiga.org
Divindade do vinho, da fertilidade, da colheita, do prazer, da natureza selvagem, da expressão livre, das sensações e emoções, dos rituais de renovação e regeneração. Nos Mistérios de Elêusis, ele era Iacchos, a criança divina, que nasce e morre anualmente nos ciclos de renovação.
Dioniso era acompanhado pelos Sátiros e por um séquito de mulheres, as Mênades ou Bacantes, que participavam de seus rituais orgiásticos e, nos momentos de fúria etílica, despedaçavam os homens.
Seus símbolos eram a hera, a videira, o vinho, a flauta, o tamborim e os címbalos. Originalmente um deus da Trácia, o culto a Dioniso inluenciou outras culturas. Devido à sua natureza hermafrodita, atualmente Dioniso é cultuado nos círculos extremamente femininos de Wicca Diânica, além de ser considerado um deus da vegetação pelas seitas neo-pagãs.
Sua mãe era Sêmele, deusa grega do amor e da sexualidade, amante de Zeus.
Dias de honra à Dioniso: 07/03, 09/07, 02/09, 18/09, 03/10, 05/10, 04/11, 11/11, 23/12.
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