domingo, 11 de outubro de 2009

Halloween


O Halloween é o festival de Samhaim que acontece no dia 31 de outubro no hemisfério norte e em 1º de maio no hemisfério sul. Como o Brasil importou a celebração desse feriado dos estados Unidos, o dia ficou marcado também no dia 31 de outubro, apesar de estarmos no hemisfério sul. Mas a maioria das bruxas celebram o sabbat em maio.
É um dos quatro grandes sabbats das bruxas e é tradicionalmente um acontecimento estranho e cheios de fantasmas, quando os espíritos de todos os tipos saem para caminhar, como se fossem soltos por uma noite do ano para se comunicarem com os mortais.
Nos Estados Unidos, a celebração do Halloween é mais popular que na Grã-Bretanha (onde se originou), e no Brasil também já se tornou uma festa bastante popular.
As crianças se vestem com fantasias bonitas e máscaras e saem pelas ruas batendo nas portas das pessoas dizendo a famosa frase: “Travessura ou Gostosura?” Se a “gostosura” não for dada, na forma de doces, maçãs ou uma mesada, então a casa recebe a “travessura” que acontece com os mascarados fazendo alguma brincadeira com seus moradores.
Os adultos também geralmente se vestem para as festas de Halloween, para dançar diante das velas acesas dentro de abóboras iluminadas, e assustam-se uns aos outros com brincadeiras fantasmagóricas. Grandes festas à fantasia também acontecem nesse período.
Para as bruxas, porém, o Halloween é uma ocasião séria, embora celebrada com alegria. Eleantiga véspera celta do Samhain (pronunciado algo como “souen”). Samhain significa “O Fim do Verão”, quando o inverno de metade do ano começa no dia 1º de novembro (hemisfério norte). Essa noite e toda a primeira semana de novembro no passado resplandeciam com fogueiras rituais.
Nos fogos ardentes, os celtas simbolicamente queimavam todas as frustrações e ansiedades do ano anterior. Esses rituais no período pré-cris- tão eram organizados pelos druidas, os sacerdotes filósofos celtas.
Com a chegada do Cristianismo, a Igreja tentou cristianizar o antigo festival tomando o dia 1º de novembro o Dia de Todos os Santos, ou All Hallows como era o antigo termo usado. Assim a Véspera do Sarnhain tomou-se a Véspera do All Hallows, ou Halloween. Mas as tentativas de desencorajar as celebrações pagãs foram tão em vão que o festival por fim foi banido do calendário da Igreja.
Não foi até 1928 que a Igreja da Inglaterra oficialmente retomou o Dia de Todos os Santos para seu calendário, na hipótese de que as antigas associações pagãs do Halloween estavam finalmente mortas e esquecidas, uma suposição que certamente foi prematura.
Os muitos tipos de adivinhação associados ao Halloween foram imortalizados por Robert Burns em seu poema com esse nome. Eles são em sua maior parte direcionados à descoberta da pessoa com quem alguém está destinado a se casar; e por isso eram geralmente praticadas por pessoas jovens. Nozes e maçãs eram as comidas populares dessas celebrações familiares que aconteciam diante das fogueiras; no norte da Inglaterra o Halloween é às vezes chamado de a Noite do Quebra-Nozes, por esta razão.
Os encontros mágicos das bruxas no Halloween foram (e são) leva- dos mais a sério do que a diversão e as travessuras dos folclores populares. O Halloween é o festival dos mortos. Isso não é tão amargo como parece; a Morte, para os celtas pagãos, era a porta que se abria para uma outra vida.
A idéia de que aqueles que vão antes ainda retém um interesse pelos vivos, e estão dispostos a ajudá-los, há séculos faz parte do credo das bruxas. A Igreja sempre acaba nos dando um tipo de reconhecimento quanto a esse fato, por meio da forma com a qual o Espiritualismo sempre foi denunciado por clérigos como sendo bruxaria.
Acreditava-se que não somente as almas dos mortos, mas também os espíritos e duendes de todos os tipos, eram liberados no Halloween. As bruxas se aproveitavam dessa crença como uma forma de disfarce para seus encontros; uma das maneiras pela qual faziam isso era usando a abóbora e lanternas de nabo que passaram a ser uma parte das decorações de Halloween.
As grandes abóboras amarelas e laranjas, que amadurecem por volta desta época do ano, cresciam em abundância nos jardins das cabanas. Era fácil de esvaziá-Ias, cortando um rosto com um sorriso em sua casca, e em seguida colocando uma vela dentro para fazer a face brilhar. Penduradas em um poste, a distância, no escuro, pareciam uma procissão de duendes.
De uma forma parecida, os nabos recortados e esvaziados davam um aspecto de rostos de fadas. Eles serviam o duplo propósito de uma lanterna para iluminar o caminho até as florestas e além dos campos, e um tipo de objeto que fazia assustar e espantar quaisquer pessoas que ficassem curiosas demais.
Os mantos pretos e os capuzes usados pelas bruxas ficavam invisíveis no escuro. as lanternas em forma de duendes eram tudo o que podia ser visto, e o efeito de um monte delas se sacudindo emparelhadas em uma noite nebulosa de outono devia ser de arrepiar os cabelos para qualquer pessoa que não compartilhasse do segredo.

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