Donos de um código próprio de honra, são regidos pelas suas próprias leis, guardadas por um tribunal - Kris Romaí - formado por homens sábios de seu povo. Possuem também sua própria língua -o Romani, ou Romanês, com mais de 100 dialetos. Esta língua tem raízes nos idiomas sânscrito, armênio, grego e persa, resultado de contatos através de dominações e invasões dos países onde se estabeleciam acampados.
Casam-se prioritariamente entre si, sem exigência de reconhecimento das leis do país onde se encontram, como única maneira de preservar suas tradições, costumes e a unidade de seu povo, mas não resistem preconceituosamente às uniões com não-ciganos (gadjé), quando existe amor, sinceridade e a promessa de manutenção dos hábitos do cônjuge cigano. Suas festas de casamento chegam a durar vários dias.
Louvam inúmeros santos em suas slavas (festas religiosas comemorativas). Cristãos por excelência, são devotos de N. Sra. da Conceição Aparecida, sua padroeira no Brasil; Virgem Sara, padroeira universal dos ciganos; Virgem Esperança Macarena, sua padroeira na Espanha; Virgem de Fátima; N. Sra. de Lourdes; N. Sra da Luz e N. Sra. da Lampadosa, entre outros. Atualmente inserem em seu culto cristão, a presença do Beato Ceferino Gimenéz Malla, conhecido como El Pelé, beatificado pelo Papa João Paulo Atualmente inserem em seu culto cristão, a presença do Beato Ceferino Gimenéz Malla, conhecido como El Pelé, beatificado pelo Papa João Paulo II, em maio de 1997.
Além da lição de liberdade, os ciganos são exemplos de vida que deveriam ser seguidos por todos. Não se conhece um só ancião cigano que tenha sido abandonado pelos seus familiares, tão pouco existem entre os ciganos crianças abandonadas. Ao contrário, tantos os velhos como as crianças são permanentemente alvo de atenção de todos. Os mais vividos guardam a coluna da sabedoria que sustenta a idoneidade de uma família cigana e os mais novos são a certeza da continuidade de suas tradições.
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